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VERSO 2

taṁ jñātvā manujā rājan
purastād eva sarvataḥ
samanta-pañcakaṁ kṣetraṁ
yayuḥ śreyo-vidhitsayā

tam — isto; jñātvā — sabendo; manujāḥ — pessoas; rājan — ó rei (Parīkṣit); purastāt — de antemão; eva — mesmo; sarvataḥ — de toda parte; samanta-pañcakam — chamado Samanta-pañcaka (no distrito sagrado de Kurukṣetra); kṣetram — ao campo; yayuḥ — foram; śreyaḥ — benefício; vidhitsayā — desejando criar.

Sabendo de antemão deste eclipse, ó rei, muita gente foi até o lugar sagrado conhecido como Samanta-pañcaka a fim de ganhar créditos piedosos.

SIGNIFICADO—Os astrônomos védicos de cinco mil anos atrás podiam predizer eclipses do Sol e da Lua tão bem quanto nossos astrônomos moder­nos. O conhecimento dos astrônomos antigos ia muito além, contudo, porque eles entendiam as influências kármicas de tais eventos. Eclipses solares e lunares, em geral, são muito inauspiciosos, com algumas raras exceções. Mas assim como o inauspicioso dia de Ekādaśī se torna benéfico quando usado para a glorificação do Senhor Hari, da mesma forma a ocasião de um eclipse também é vantajosa para jejuar e adorar.

O sagrado lugar de peregrinação conhecido como Samanta-pañcaka localiza-se em Kurukṣetra, a “terra sagrada dos Kurus”, onde os predecessores dos reis Kurus realizaram muitos sacrifícios védicos. Por isso, os brāhmaṇas eruditos aconselharam aos Kurus que esse seria o melhor lugar para eles observarem votos durante o eclipse. Muito antes do tempo deles, o Senhor Paraśurāma fizera penitências em Kurukṣetra para expiar suas matanças. Samanta-pañcaka, os cinco lagos que ele cavou ali, ainda estavam presentes no fim da Dvāpara-­yuga, como ainda o estão hoje.

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