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VERSO 23

na yaṁ vidanty amī bhū-pā
ekārāmāś ca vṛṣṇayaḥ
māyā-javanikācchannam
ātmānaṁ kālam īśvaram

na — não; yam — a quem; vidanti — conhecem; amī — estes; bhū­-pāḥ — reis; eka — juntos; ārāmāḥ — que desfrutam; ca — e; vṛṣṇayaḥ — os Vṛṣṇis; māyā — do divino poder de ilusão; javanikā — pela cortina; ācchannam — coberto; ātmānam — a Alma Suprema; kālam — o tempo; īśvaram — o controlador supremo.

Nem estes reis nem mesmo os Vṛṣṇis, que desfrutam de Vossa associação íntima, conhecem-Vos como a Alma de toda a existência, a força do tempo e o controlador supremo. Para eles, estais coberto pelo véu de māyā.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī explica que a família do Senhor Kṛṣṇa, os Vṛṣṇis, estavam muito familiarizados com Ele para compreendê-lO como a Superalma que reside no coração de todo ser criado. E aque­les reis em Kurukṣetra que não eram devotos de Kṛṣṇa não podiam reconhecê-lO como o tempo, o aniquilador de tudo. Devotos e não­-devotos são ambos cobertos por māyā, mas de maneira diferente. Para os materialistas, māyā é ilusão, ao passo que, para os vaiṣṇavas, ela age como yogamāyā, a potência interna que lhes encobre o conhecimento sobre a majestade do Senhor Supremo e os ocupa nos eternos passa­tempos aprazíveis dEle.

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