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VERSO 45

tan naḥ prasīda nirapekṣa-vimṛgya-yuṣmat
pādāravinda-dhiṣaṇānya-gṛhāndha-kūpāt
niṣkramya viśva-śaraṇāṅghry-upalabdha-vṛttiḥ
śānto yathaika uta sarva-sakhaiś carāmi

tat — de tal maneira; naḥ — conosco; prasīda — por favor, sede misericordiosos; nirapekṣa — por aqueles que não têm motivos materiais; vimṛgya — procurado; yuṣmat — Vossos; pāda — do que os pés; aravin­da — lótus; dhiṣaṇa — abrigo; anya — outro; gṛha — da casa; andha — cego; kūpāt — que é um poço; niṣkramya — saindo; viśva — ao mundo inteiro; śaraṇa — daquelas que são úteis (as árvores); aṅghri — aos pés; upalabdha — obtido; vṛttiḥ — cujo meio de sustento; śāntaḥ — pacífi­co; yathā — como; ekaḥ — sozinho; uta — ou então; sarva — de todos; sakhaiḥ — com os amigos; carāmi — posso vagar.

Por favor, sede misericordiosos comigo para que eu possa sair do poço escuro da vida familiar – meu falso lar – e encontrar o verdadeiro abrigo de Vossos pés de lótus, que os sábios abne­gados sempre buscam. Então, quer sozinho, quer em companhia de grandes santos, que são os amigos de todos, poderei divagar à vontade, encontrando, aos pés das árvores, que são caridosas ao mundo inteiro, o que é necessário para viver.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī diz que, em resposta às orações de Bali, Śrī Kṛṣṇa convidou-o a escolher alguma bênção, e, neste verso, Bali apresenta seu pedido. Bali suplica para ser aliviado do enreda­mento da vida material, e assim ele ficará livre para deixar o lar e vaguear por terras selvagens, tendo apenas os pés de lótus do Senhor como abrigo. Para sua subsistência, Bali propõe, ele obterá ajuda das árvores da floresta, em cujos pés encontram-se frutas para comer e folhas onde dormir, para todos usarem conforme a necessidade. E se o Senhor for especialmente misericordioso para com ele, Bali espera, ele não terá de vagar sozinho, senão que receberá a permissão de viajar em companhia dos devotos do Senhor Kṛṣṇa.

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