VERSO 12
matsyo yugānta-samaye manunopalabdhaḥ
kṣoṇīmayo nikhila-jīva-nikāya-ketaḥ
visraṁsitān uru-bhaye salile mukhān me
ādāya tatra vijahāra ha veda-mārgān
matsyaḥ — encarnação de peixe; yuga-anta — no final do milênio; samaye — no momento de; manunā — o pretendente a ser Vaivasvata Manu; upalabdhaḥ — veria; kṣoṇīmayaḥ — incluindo até os planetas terrestres; nikhila — todas; jīva — as entidades vivas; nikāya-ketaḥ — refúgio para; visraṁsitān — emanando de; uru — grande; bhaye — por medo; salile — na água; mukhāt — da boca; me — minha; ādāya — tendo aceitado; tatra — ali; vijahāra — desfrutou; ha — certamente; veda-mārgān — todos os Vedas.
No final do milênio, o pretendente a ser Vaivasvata Manu, chamado Satyavrata, veria que o Senhor, sob a encarnação de peixe, é o refúgio de todas as classes de entidades vivas, inclusive aquelas nos planetas terrestres. Devido ao meu temor da vasta água no final do milênio, os Vedas surgem de minha [de Brahmā] boca, e o Senhor desfruta dessas vastas águas e protege os Vedas.
SIGNIFICADO—Durante um dia de Brahmā, existem quatorze Manus, e, no final de cada Manu, há uma devastação que atinge também os planetas terrestres, e a vasta água causa medo até mesmo a Brahmā. Logo, no começo daquele que é pretendente a ser Vaivasvata Manu, ele veria essa devastação. Haveria também muitos outros incidentes, tais como o extermínio do famoso Śaṅkhāsura. Essa predição decorre da experiência passada de Brahmājī, que sabia que, naquela amedrontadora cena de devastação, os Vedas surgiriam de sua boca, mas o Senhor, sob Sua encarnação de peixe, não apenas salvaria todas as entidades vivas, a saber, os semideuses, animais, homens e grandes sábios, mas também salvaria os Vedas.