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VERSO 5

tān babhāṣe svabhūḥ putrān
prajāḥ sṛjata putrakāḥ
tan naicchan mokṣa-dharmāṇo
vāsudeva-parāyaṇāḥ

tān — aos Kumāras, como se mencionou acima; babhāṣe — dirigiu-se; svabhūḥ — Brahmā; putrān — aos filhos; prajāḥ — gerações; sṛjata — criar; putrakāḥ — ó meus filhos; tat — isto; na — não; aicchan — desejaram; mokṣa-dharmāṇaḥ — empenhados nos princípios da liberação; vāsudeva — a Personalidade de Deus; parāyaṇāḥ — que são assim devotados.

Após gerar seus filhos, Brahmā falou-lhes o seguinte: “Meus queridos filhos”, disse ele, “agora gerai progênie”. Mas, por serem apegados a Vāsudeva, a Suprema Personalidade de Deus, eles visavam à liberação, e por isso expressaram sua relutância.

SIGNIFICADO—Os quatro filhos de Brahmā, os Kumāras, negaram-se a tornar-se chefes de família apesar do pedido de seu grande pai, Brahmā. Aqueles que levam a sério a liberação do cativeiro material não devem se enredar na falsa relação do cativeiro familiar. Pode ser que as pessoas perguntem como os Kumāras puderam recusar as ordens de Brahmā, que era seu pai e, acima de tudo, o criador do universo. A resposta é que uma pessoa que é vāsudeva-parāyaṇa, ou seriamente ocupada no serviço devocional a Vāsudeva, a Personalidade de Deus, não precisa cuidar de nenhuma outra obrigação. Prescreve-se no Bhāgavatam (11.5.41):

devarṣi-bhūtāpta-nṛṇāṁ pitṝṇāṁ
na kiṅkaro nāyam ṛṇī ca rājan
sarvātmanā yaḥ śaraṇaṁ śaraṇyaṁ
gato mukundaṁ parihṛtya kartam

“Qualquer pessoa que tenha abandonado completamente todas as relações mundanas e tenha se abrigado absolutamente aos pés de lótus do Senhor, o qual nos dá a salvação, e que por Si só é capaz de servir como refúgio, não é mais devedor nem servo de ninguém, incluindo os semideuses, os antepassados, os sábios, outras entidades vivas, parentes e membros da sociedade humana.” Desse modo, não houve nada de errado nos atos dos Kumāras quando eles recusaram o pedido de seu grande pai de que se tornassem chefes de família.

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