VERSO 31
sva-daṁṣṭrayoddhṛtya mahīṁ nimagnāṁ
sa utthitaḥ saṁruruce rasāyāḥ
tatrāpi daityaṁ gadayāpatantaṁ
sunābha-sandīpita-tīvra-manyuḥ
sva-damṣṭrayā — com Suas próprias presas; uddhṛtya — erguendo; mahīm — a Terra; nimagnām — submersa; saḥ — Ele; utthitaḥ — levantando; saṁruruce — parecia muito esplêndido; rasāyāḥ — da água; tatra — ali; api — também; daityam — ao demônio; gadayā — com a maça; āpatantam — precipitando-se em Sua direção; sunābha — a roda de Kṛṣṇa; sandīpita — cintilando; tīvra — feroz; manyuḥ — ira.
O Senhor Javali pegou muito facilmente a Terra com Suas presas e a levou para fora da água. Assim, Ele parecia muito esplêndido. Então, Sua ira cintilando como a roda Sudarśana, Ele imediatamente matou o demônio (Hiraṇyākṣa), embora este tentasse lutar contra o Senhor.
SIGNIFICADO—Segundo Śrīla Jīva Gosvāmī, os textos védicos descrevem a encarnação do Senhor Varāha (Javali) em duas diferentes devastações, ou seja, a devastação Cākṣuṣa e a devastação Svāyambhuva. Esse aparecimento em particular da encarnação do javali ocorreu, na verdade, na devastação Svāyambhuva, quando todos os planetas, com exceção dos superiores – Jana, Mahar e Satya – afundaram na água da devastação. Essa encarnação em particular, do javali, foi vista pelos habitantes dos planetas mencionados acima. Śrīla Viśvanātha Cakravartī sugere que o sábio Maitreya amalgamou ambas as encarnações de javali em diferentes devastações e as resumiu em sua descrição a Vidura.