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VERSO 19

yām āhur ātmano hy ardhaṁ
śreyas-kāmasya mānini
yasyāṁ sva-dhuram adhyasya
pumāṁś carati vijvaraḥ

yām — a esposa que; āhuḥ — afirma-se; ātmanaḥ — do corpo; hi — assim; ardham — metade; śreyaḥ — bem-estar; kāmasya — de todos os desejos; mānini — ó mulher respeitosa; yasyām — em quem; sva-dhuram — todas as responsabilidades; adhyasya — confiando; pumān — um homem; carati — move-se; vijvaraḥ — sem ansiedade.

Ó mulher respeitosa, uma esposa é tão auxiliadora que é chamada de a melhor metade do corpo do homem, isso por causa de sua partilha em todas as atividades auspiciosas. Um homem pode mover-se sem ansiedade, confiando todas as responsabilidades à sua esposa.

SIGNIFICADO—Segundo o preceito védico, a esposa é aceita como a melhor metade do corpo do homem por ser supostamente responsável pelo desempenho de metade dos deveres do esposo. Um homem de família tem responsabilidade de executar cinco tipos de sacrifícios, chamados pañca-yajña, para aliviar-se de todas as espécies de reações pecaminosas inevitáveis, cometidas no decurso de seus afazeres. Ao tornar-se qualitativamente como os cães e os gatos, o homem esquece seus deveres de cultivar valores espirituais e, dessa maneira, aceita sua esposa como agente de gozo dos sentidos. Quando a esposa é aceita como agente de gozo dos sentidos, a beleza pessoal é o que se considera em primeiro plano, e, tão logo haja um rompimento no gozo pessoal dos sentidos, acontece a separação ou o divórcio. Porém, quando esposo e esposa visam ao avanço espiritual através da cooperação mútua, a beleza pessoal ou o rompimento do dito amor não são cogitados. No mundo material, não é possível o amor. Na verdade, o matrimônio é um dever cumprido em cooperação mútua, conforme as orientações das escrituras autênticas, visando ao avanço espiritual. Portanto, o casamento é essencial para evitar a vida de cães e gatos, que não se destinam à iluminação espiritual.

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