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VERSO 26

tad viśva-gurv-adhikṛtaṁ bhuvanaika-vandyaṁ
divyaṁ vicitra-vibudhāgrya-vimāna-śociḥ
āpuḥ parāṁ mudam apūrvam upetya yoga-
māyā-balena munayas tad atho vikuṇṭham

tat — então; viśva-guru — pelo mestre do universo, a Suprema Personalidade de Deus; adhikṛtam — predominado; bhuvana — dos planetas; eka — sozinho; vandyam — digno de ser adorado; divyam — espiritual; vicitra — finamente decorados; vibudha-agrya — dos devotos (que são os melhores dos eruditos); vimāna — dos aeroplanos; śociḥ — iluminados; āpuḥ — alcançaram; parām — o mais elevado; mudam — felicidade; apūrvam — sem precedentes; upetya — tendo alcançado; yoga-māyā — pela potência espiritual; balena — pela influência; munayaḥ — os sábios; tat — Vaikuṇṭha; atho — aquele; vikuṇṭham — Viṣṇu.

Assim, os grandes sábios, Sanaka, Sanātana, Sanandana e Sanat-kumāra, ao alcançarem o referido Vaikuṇṭha no mundo espiritual, em virtude de suas práticas de yoga místico, sentiram felicidade sem precedentes. Eles observaram que o céu espiritual era iluminado por aeroplanos finamente decorados, pilotados pelos melhores devotos de Vaikuṇṭha, e que o predomínio ali era da Suprema Personalidade de Deus.

SIGNIFICADO—A Suprema Personalidade de Deus é única e incomparável. Ele está acima de todos. Ninguém é igual a Ele, tampouco alguém é superior a Ele. Portanto, é descrito aqui como viśva-guru. Ele é a entidade viva primordial de toda a criação material e espiritual e é bhuvanaika-vandyam, a única personalidade adorável nos três mundos. Os aeroplanos do céu espiritual são autoiluminados e pilotados por grandes devotos do Senhor. Em outras palavras, nos planetas Vaikuṇṭha não há escassez das coisas que são disponíveis no mundo material; elas estão disponíveis, porém são mais valiosas por serem espirituais e, portanto, eternas e bem-aventuradas. Os sábios sentiram uma felicidade sem precedentes porque Vaikuṇṭha não era dominado por um homem comum. Os planetas Vaikuṇṭha são dominados por expansões de Kṛṣṇa, que têm nomes diferentes, tais como Madhusūdana, Mādhava, Nārāyaṇa, Pradyumna etc. Esses planetas transcendentais são adoráveis porque a Personalidade de Deus os governa pessoalmente. Afirma-se como os sábios alcançaram o céu espiritual transcendental em virtude de seu poder místico. Essa é a perfeição do sistema de yoga. Os exercícios respiratórios e as disciplinas para manter a saúde em ordem não são as metas últimas de perfeição do yoga. O sistema de yoga, como geralmente se compreende, é o aṣṭāṅga-yoga, ou siddhi, a perfeição óctupla em yoga. Em virtude da perfeição ióguica, podemos nos tornar mais leves que o mais leve e mais pesados que o mais pesado; podemos ir onde quer que desejemos e podemos alcançar opulências conforme nossa vontade. Há oito de tais perfeições. Os ṛṣis, os quatro Kumāras, alcançaram Vaikuṇṭha tornando-se mais leves que o mais leve, atravessando, assim, o espaço do mundo material. Os modernos veículos espaciais mecânicos são malsucedidos porque não podem ir à região mais elevada desta criação material, e certamente não podem entrar no céu espiritual. Contudo, através da perfeição no sistema de yoga, podemos não apenas viajar pelo espaço material, como também ultrapassar o espaço material e entrar no céu espiritual. Aprendemos também este fato de um incidente a respeito de Durvāsā Muni e Mahārāja Ambariṣa. Sabe-se que, dentro de um ano, Durvāsā Muni viajou por toda parte e foi ao céu espiritual encontrar-se com a Suprema Personalidade de Deus, Nārāyaṇa. Segundo os padrões atuais, os cientistas calculam que, se alguém pudesse viajar à velocidade da luz, levaria quarenta mil anos para alcançar o planeta mais elevado deste mundo material. Mas o sistema de yoga pode transportar-nos sem limitações nem dificuldades. A palavra yogamāyā é usada neste verso. Yoga-māyā-balena vikuṇṭham. A felicidade transcendental manifesta no mundo espiritual e todas as outras manifestações espirituais de lá tornam-se possíveis pela influência de yogamāyā, a potência interna da Suprema Personalidade de Deus.

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