VERSO 43
tasyāravinda-nayanasya padāravinda-
kiñjalka-miśra-tulasī-makaranda-vāyuḥ
antar-gataḥ sva-vivareṇa cakāra teṣāṁ
saṅkṣobham akṣara-juṣām api citta-tanvoḥ
tasya — dEle; aravinda-nayanasya — do Senhor de olhos de lótus; pada-aravinda — dos pés de lótus; kiñjalka — com os dedos dos pés; miśra — misturado; tulasī — as folhas de tulasī; makaranda — aroma; vāyuḥ — brisa; antaḥ-gataḥ — adentrou; sva-vivareṇa — através de suas narinas; cakāra — fez; teṣām — dos Kumāras; saṅkṣobham — agitação que leva à mudança; akṣara-juṣām — apegados à compreensão do Brahman impessoal; api — muito embora; citta-tanvoḥ — tanto no corpo quanto na mente.
Quando a brisa que transporta o aroma das folhas de tulasī dos dedos dos pés de lótus da Personalidade de Deus entrou pelas narinas daqueles sábios, eles experimentaram uma mudança tanto no corpo quanto na mente, muito embora estivessem apegados à compreensão do Brahman impessoal.
SIGNIFICADO—Este verso indica que os quatro Kumāras eram impersonalistas, ou protagonistas da filosofia do monismo, cuja meta é tornar-se uno com o Senhor. Contudo, assim que viram as feições do Senhor, suas mentes mudaram. Em outras palavras, o impersonalista que sente prazer transcendental ao esforçar-se por tornar-se uno com o Senhor é derrotado quando vê as belas feições transcendentais do Senhor. Devido ao aroma de Seus pés de lótus, transportado pelo ar e misturado com o aroma de tulasī, suas mentes mudaram: em vez de se tornarem unos com o Senhor Supremo, eles julgaram que seria mais sábio serem devotos. Tornar-se um servo dos pés de lótus do Senhor é melhor do que se tornar uno com o Senhor.