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VERSO 9

yeṣāṁ bibharmy aham akhaṇḍa-vikuṇṭha-yoga-
māyā-vibhūtir amalāṅghri-rajaḥ kirīṭaiḥ
viprāṁs tu ko na viṣaheta yad-arhaṇāmbhaḥ
sadyaḥ punāti saha-candra-lalāma-lokān

yeṣām — dos brāhmaṇas; bibharmi — Eu levo; aham — Eu; akhaṇḍa — integral; vikuṇṭha — desimpedida; yoga-māyā — energia interna; vibhūtiḥ — opulência; amala — pura; aṅghri — dos pés; rajaḥ — a poeira; kirīṭaiḥ — sobre Meu elmo; viprān os brāhmaṇas; tu — então; kaḥ — quem; na — não; viṣaheta — carrega; yat — do Senhor Supremo; arhaṇa-ambhaḥ — água que lavou os pés; sadyaḥ — de vez; punāti — santifica; saha — juntamente com; candra-lalāma — senhor Śiva; lokān — os três mundos.

Eu sou o senhor de Minha desimpedida energia interna, e a água do Ganges é o resto deixado depois que Meus pés são lavados. Essa água santifica os três mundos, juntamente com o senhor Śiva, que a carrega sobre sua cabeça. Se Eu posso levar a poeira dos pés do vaiṣṇava sobre Minha cabeça, quem se recusará a fazer o mesmo?

SIGNIFICADO—A diferença entre as energias interna e externa da Suprema Personalidade de Deus é que, na energia interna, ou no mundo espiritual, todas as opulências são imperturbadas, ao passo que, na energia externa, ou material, todas as opulências são manifestações temporárias. A supremacia do Senhor é igual tanto no mundo material quanto no mundo espiritual, mas o mundo espiritual chama-se o reino de Deus, e o mundo material chama-se o reino de māyā. Māyā refere-se àquilo que não é verdadeiramente real. A opulência do mundo material é um reflexo. A Bhagavad-gītā declara que este mundo material é como uma árvore cujas raízes estão para cima e cujos ramos estão para baixo. Isso quer dizer que o mundo material é a sombra do mundo espiritual. Verdadeira opulência encontra-se no mundo espiritual. Ali, a Deidade predominante é o próprio Senhor, ao passo que, no mundo material, há muitos senhores. Essa é a diferença entre as energias interna e externa. O Senhor diz que, embora seja o fator predominante da energia interna e embora o mundo material seja santificado simplesmente pela água que lava Seus pés, Ele tem o maior respeito pelos brāhmaṇas e pelos vaiṣṇavas. Se o próprio Senhor oferece tanto respeito ao vaiṣṇava e ao brāhmaṇa, como pode alguém negar tal respeito a essas personalidades?

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