VERSO 18
tāṁ prārthayantīṁ lalanā-lalāmam
asevita-śrī-caraṇair adṛṣṭām
vatsāṁ manor uccapadaḥ svasāraṁ
ko nānumanyeta budho ’bhiyātām
tām — a ela; prārthayantīm — procurando; lalanā-lalāmam — o adorno das mulheres; asevita-śrī-caraṇaiḥ — por aqueles que não adoram os pés de Lakṣmī; adṛṣṭām — não percebida; vatsām — amada filha; manoḥ — de Svāyambhuva Manu; uccapadaḥ — de Uttānapāda; svasāram — irmã; kaḥ — que; na anumanyeta — deixaria de dar boas-vindas; budhaḥ — sábio; abhiyātām — que veio por sua própria vontade.
Que sábio deixaria de lhe dar as suas boas-vindas, a ela que é o próprio adorno da feminilidade, a amada filha de Svāyambhuva Manu e irmã de Uttānapāda? Aqueles que não adoraram os graciosos pés da deusa da fortuna não podem sequer percebê-la, mas ela veio por sua própria vontade para pedir-me a mão.
SIGNIFICADO—Kardama Muni louvou a beleza e a qualificação de Devahūti de diferentes maneiras. Devahūti era realmente o adorno de todas as belas moças adornadas. Uma moça torna-se bela ao adornar seu corpo, mas Devahūti era mais bela que os adornos: ela era considerada o adorno das belas moças adornadas. Os semideuses e os Gandharvas se sentiram atraídos por sua beleza. Apesar de ser um grande sábio, Kardama Muni não era um cidadão dos planetas celestiais; no verso anterior, porém, menciona-se que Viśvāvasu, que provinha do céu, também se sentiu atraído pela beleza de Devahūti. Além de sua beleza pessoal, ela era filha do imperador Svāyambhuva e irmã do rei Uttānapāda. Quem poderia recusar a mão de tal moça?