VERSO 34
bhūtānāṁ chidra-dātṛtvaṁ
bahir antaram eva ca
prāṇendriyātma-dhiṣṇyatvaṁ
nabhaso vṛtti-lakṣaṇam
bhūtānām — de todas as entidades vivas; chidra-dātṛtvam — acomodação ao ambiente; bahiḥ — externa; antaram — interna; eva — também; ca — e; prāṇa — do ar vital; indriya — os sentidos; ātma — e a mente; dhiṣṇyatvam — sendo o campo de atividades; nabhasaḥ — do elemento etéreo; vṛtti — atividades; lakṣaṇam — características.
As atividades e as características do elemento etéreo podem ser observadas como uma acomodação ao ambiente das existências externa e interna de todas as entidades vivas, a saber, o campo de atividades do ar vital, dos sentidos e da mente.
SIGNIFICADO—A mente, os sentidos e a força vital, ou entidade viva, têm formas, embora não sejam visíveis a olho nu. A forma retém sua existência sutil no céu, sendo percebida internamente como as veias dentro do corpo e a circulação do ar vital. Externamente, há formas invisíveis de objetos dos sentidos. A produção dos objetos invisíveis dos sentidos é a atividade externa do elemento etéreo, e a circulação do ar vital e do sangue é sua atividade interna. O fato de que as formas sutis existem no éter está sendo provado pela ciência moderna por intermédio da transmissão da televisão, através da qual as formas ou fotografias de um lugar são transmitidas para outro lugar pela ação do elemento etéreo. Explica-se isso muito bem aqui. Este verso é a base potencial de grandes investigações científicas, pois explica como formas sutis são geradas a partir do elemento etéreo, quais são suas características e ações, e como os elementos tangíveis, a saber, ar, fogo, água e terra, manifestam-se da forma sutil. As atividades mentais, ou ações psicológicas de pensar, sentir e querer, também são atividades na plataforma da existência etérea. A afirmação na Bhagavad-gītā de que a situação mental no momento da morte é a base do próximo nascimento também é corroborada neste verso. A existência mental transforma-se em forma tangível assim que há uma oportunidade em razão da contaminação ou do desenvolvimento dos elementos grosseiros a partir da forma sutil.