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VERSO 26

vakṣo ’dhivāsam ṛṣabhasya mahā-vibhūteḥ
puṁsāṁ mano-nayana-nirvṛtim ādadhānam
kaṇṭhaṁ ca kaustubha-maṇer adhibhūṣaṇārthaṁ
kuryān manasy akhila-loka-namaskṛtasya

vakṣaḥ — o peito; adhivāsam — a morada; ṛṣabhasya — da Suprema Personalidade de Deus; mahā-vibhūteḥ — de Mahā-Lakṣmī; puṁsām — de pessoas; manaḥ — para a mente; nayana — para os olhos; nirvṛtim — prazer transcendental; ādadhānam — concedendo; kaṇṭham — o pescoço; ca — também; kaustubha-maeḥ — da joia Kaustubha; adhibhūaa-artham — que realça a beleza; kuryāt — deve meditar em; manasi — na mente; akhila-loka — por todo o universo; namasktasya — que é adorada.

O yogī, em seguida, deve meditar no peito da Suprema Personalidade de Deus, a morada da deusa Mahā-Lakṣmī. O peito do Senhor é a fonte de todo o prazer transcendental para a mente e de plena satisfação para os olhos. O yogī, então, deve imprimir em sua mente o pescoço da Personalidade de Deus, a quem todo o universo adora. O pescoço do Senhor serve para realçar a beleza da joia Kaustubha, que está pendurada sobre Seu peito.

SIGNIFICADO—Nas Upaniṣads, afirma-se que as várias energias do Senhor funcionam para criar, destruir e manter. Essas variedades inconcebíveis de energia estão armazenadas no peito do Senhor. Como as pessoas geralmente dizem, Deus é todo-poderoso. Essa potência é representada por Mahā-Lakṣmī, o reservatório de todas as energias, que se encontra no peito da forma transcendental do Senhor. O yogī que pode meditar perfeitamente naquela parte da forma transcendental do Senhor pode obter muitos poderes materiais, que compreendem as oito perfeições do sistema de yoga.

Afirma-se nesta passagem que a beleza do pescoço do Senhor realça a beleza da joia Kaustubha, ao invés de a joia realçar a beleza do Senhor. A própria joia fica mais bela porque se encontra no pescoço do Senhor. Portanto, recomenda-se que o yogī medite no pescoço do Senhor. Pode-se meditar na forma transcendental do Senhor com a mente, ou pode-se colocá-la num templo sob a forma de estátua e decorá-la de tal maneira que todos possam contemplá-la. A adoração no templo, portanto, destina-se a dar a pessoas que não sejam tão avançadas a possibilidade de meditar na forma do Senhor. Não há diferença entre visitar constantemente o templo e ver diretamente a forma transcendental do Senhor – tanto uma coisa quanto a outra têm o mesmo valor. A posição vantajosa do yogī é que ele pode sentar-se em qualquer parte, num lugar solitário, e meditar na forma do Senhor. Uma pessoa menos avançada, entretanto, tem que ir ao templo, e, se não vai ao templo, não consegue ver a forma do Senhor. Seja por ouvir, ver ou meditar, o objetivo é a forma transcendental do Senhor – o niilismo ou impersonalismo fica fora de cogitação. O Senhor pode conceder as bênçãos de prazer transcendental, ou ao visitante do templo, ou ao yogī meditador, ou a quem ouve de escrituras reveladas como o Śrīmad-Bhāgavatam e a Bhagavad-gītā sobre a forma transcendental do Senhor. Há nove processos para se executar serviço devocional, um dos quais é smaranam, ou meditação. Os yogīs tiram proveito do processo de smaraṇam, ao passo que os bhakti-yogīs tiram proveito especial do processo de ouvir e cantar.

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