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VERSO 30

yac chrī-niketam alibhiḥ parisevyamānaṁ
bhūtyā svayā kuṭila-kuntala-vṛnda-juṣṭam
mīna-dvayāśrayam adhikṣipad abja-netraṁ
dhyāyen manomayam atandrita ullasad-bhru

yat — o rosto do Senhor que; śrī-niketam — um lótus; alibhiḥ — por abelhas; parisevyamānam — rodeado; bhūtyā — pela elegância; svayā — sua; kuṭila — cacheado; kuntala — de cabelo; vṛnda — por uma multidão; juṣṭam — adornado; mīna — de peixes; dvaya — um par; āśrayam — habitando; adhikṣipat — envergonhando; abja — um lótus; netram — tendo olhos; dhyāyet — deve-se meditar; manaḥ-mayam — formada na mente; atandritaḥ — atrativas; ullasat — dançantes; bhru — tendo sobrancelhas.

O yogī, então, medita no belo rosto do Senhor, que é adornado com cabelo cacheado e decorado por olhos de lótus e sobrancelhas dançantes. A elegância de Seu rosto envergonharia um lótus rodeado por um enxame de abelhas e um par de peixes nadando.

SIGNIFICADO—Importante afirmação aqui é dhyāyen manomayam. Manomayam não é imaginação. Os impersonalistas pensam que o yogī pode imaginar qualquer forma que deseje, mas, como se afirma aqui, o yogī deve meditar na forma do Senhor que é experimentada pelos devotos. Os devotos nunca imaginam uma forma do Senhor. Eles não se contentam com algo imaginário. O Senhor tem diferentes formas eternas; cada devoto gosta de uma forma específica e, assim, ocupa-se a serviço do Senhor, adorando tal forma. A forma do Senhor é descrita de diferentes maneiras, de acordo com as escrituras. Como já vimos anteriormente, há oito tipos de representações da forma original do Senhor. Essas representações podem ser feitas usando barro, pedra, madeira, pintura, areia etc., dependendo dos recursos do devoto.

Manomayam é uma escultura da forma do Senhor dentro da mente, e está incluída entre uma das oito diferentes esculturas da forma do Senhor. Não se trata de imaginação. Pode ser que a meditação na verdadeira forma do Senhor se manifeste de diferentes maneiras, mas não se deve concluir que é necessário imaginar uma forma. Este verso faz duas comparações: primeiramente, o rosto do Senhor é comparado a um lótus, e depois Seu cabelo negro é comparado a abelhas zumbidoras esvoaçando em torno do lótus, e Seus dois olhos são comparados a dois peixes nadando. Uma flor de lótus na água fica belíssima quando é rodeada por abelhas zumbidoras e peixes. O rosto do Senhor é autossuficiente e completo. Sua beleza desafia a beleza natural de um lótus.

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