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VERSO 39

saṅgaṁ na kuryāt pramadāsu jātu
yogasya pāraṁ param ārurukṣuḥ
mat-sevayā pratilabdhātma-lābho
vadanti yā niraya-dvāram asya

saṅgam — associação; na — não; kuryāt — deve-se fazer; pramadāsu — com mulheres; jātu — jamais; yogasya — do yoga; pāram — culminância; param — suprema; ārurukṣuḥ — aquele que aspira alcançar; mat-sevayā — prestando-Me serviço; pratilabdha — obtida; ātma-lābhaḥ — autorrealização; vadanti — dizem; — as mulheres que; niraya — ao inferno; dvāram — o portão; asya — do devoto que está avançando.

Aquele que aspira alcançar o ápice do yoga e compreende seu eu, prestando-Me serviço, não deve jamais se associar com uma mulher atrativa, pois as escrituras declaram que tal mulher é o portão do inferno para o devoto que está avançando.

SIGNIFICADO—A culminância do yoga é a plena consciência de Kṛṣṇa. Isso é afirmado na Bhagavad-gītā: uma pessoa que sempre pensa em Kṛṣṇa com devoção é o mais elevado de todos os yogīs. E no segundo capítulo do primeiro canto do Śrīmad-Bhāgavatam, também se afirma que, quando alguém se livra da contaminação material prestando serviço devocional à Suprema Personalidade de Deus, então pode entender a ciência de Deus.

Usa-se aqui a expressão pratilabdhātma-lābhaḥ. Ātmā significa “eu”, e lābha, “ganho”. De um modo geral, as almas condicionadas perderam seu ātmā, ou eu, mas aqueles que são transcendentalistas compreenderam o eu. Orienta-se que uma alma autorrealizada que aspira à mais elevada plataforma de perfeição ióguica não deve se associar com jovens mulheres. Na era moderna, entretanto, há muitos patifes que recomendam que, enquanto alguém tiver órgãos genitais, ele deve desfrutar de mulheres a seu bel-prazer e, ao mesmo tempo, pode tornar-se um yogī. Em nenhum sistema padrão de yoga se aceita a associação com mulheres. Aqui se afirma claramente que a companhia de mulheres é o portão para a vida infernal. Na civilização védica, fazem-se muitas restrições à associação com mulheres. Entre as quatro divisões sociais, o brahmacārī, o vānaprastha e o sannyāsī – três ordens – são estritamente proibidos de associar-se com mulheres; somente os gṛhasthas, ou chefes de família, têm licença para ter relação íntima com uma mulher, e essa relação também fica restrita à procriação de bons filhos. Se, contudo, alguém quiser aferrar-se à contínua existência no mundo material, poderá entregar-se à associação feminina irrestritamente.

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