No edit permissions for Português

VERSO 2

ākūtiṁ rucaye prādād
api bhrātṛmatīṁ nṛpaḥ
putrikā-dharmam āśritya
śatarūpānumoditaḥ

ākūtim — Ākūti; rucaye — ao grande sábio Ruci; prādāt — deu a mão; api — embora; bhrātṛ-matīm — filha tendo um irmão; nṛpaḥ — ο rei; putrikā — obter ο filho resultante; dharmam — ritos religiosos; āśritya — refugiando-se; śatarūpā — pela esposa de Svāyambhuva Μanu; anumoditaḥ — sendo sancionado.

Ākūti tinha dois irmãos, mas, apesar de seus irmãos, ο rei Svāyambhuva Μanu deu sua mão a Prajāpati Ruci com a condição de que o filho nascido dela seria devolvido a Manu como seu filho. Ele fez isto consultando sua esposa, Śatarūpā.

ão de que seu neto seja devolvido a ele para ser adotado como seu filho e herdar sua propriedade. Isso se chama putrikā-dharma, significando que, pela execução de rituais religiosos, um homem obtém um filho, embora não tenha filhos com sua própria esposa. Porém, aqui vemos um comportamento extraordinário de Manu, pois, apesar de ter dois filhos, ele deu a mão de sua primeira filha a Prajāpati Ruci com a condição de que ο filho nascido de sua filha fosse devolvido a ele como seu filho. Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura comenta a este respeito que ο rei Manu sabia que a Suprema Personalidade de Deus nasceria no ventre de Ākūti; portanto, apesar de ter dois filhos, ele queria aquele filho nascido de Ākūti porque ambicionava ver a Suprema Personalidade de Deus aparecendo como seu filho e neto. Manu é ο legislador da humanidade, e, uma vez que ele executou pessoalmente ο putrikādharma, podemos admitir que tal sistema pode ser adotado também por toda a humanidade. Assim, mesmo que alguém tenha um filho, se deseja ter um filho em particular de sua filha, ele pode dar a filha em caridade sob esta condição. Esta é a opinião de Śrīla Jīva Gosvāmī.

« Previous Next »