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VERSO 27

tam eva mṛtyum amṛtaṁ tāta daivaṁ
sarvātmanopehi jagat-parāyaṇam
yasmai baliṁ viśva-sṛjo haranti
gāvo yathā vai nasi dāma-yantritāḥ

tam — a Ele; eva — certamente; mṛtyum — morte; amṛtam — imortalidade; tāta — meu querido filho; daivam — o Supremo; sarva-ātmanā — sob todos os aspectos; upehi — rende-te; jagat — do mundo; parāyaṇam — meta última; yasmai — a quem; balim — oferendas; viśva-sṛjaḥ — todos os semideuses como Brahmā; haranti — guardam; gāvaḥ — touros; yathā — como; vai — sem falta; nasi — no focinho; dāma — por uma corda; yantritāḥ — controlado.

Dhruva, Meu caro menino, por favor, rende-te à Suprema Personalidade de Deus, que é a meta última do progresso do mundo. Todos, incluindo os semideuses encabeçados pelo senhor Brahmā, trabalham sob Seu controle, assim como um touro, puxado por uma corda amarrada em seu focinho, é controlado por seu dono.

SIGNIFICADO—A doença material é declarar-se independente do controlador supremo. De fato, nossa existência material começa quando nos esquecemos do controlador supremo e desejamos assenhorear-nos da natureza material. No mundo material, todos esforçam-se ao máximo para tornarem-se o controlador supremo – individual, nacional, socialmente e de muitas outras maneiras. Svāyambhuva Manu, o avô de Dhruva Mahārāja, aconselhou-o a parar de lutar, pois estava preocupado com o fato de Dhruva ter desenvolvido uma ambição pessoal de lutar para aniquilar toda a raça dos Yakṣas. Neste verso, portanto, Svāyambhuva Manu procura erradicar a última mancha de falsa ambição em Dhruva, explicando a posição do controlador supremo. As palavras mṛtyum amṛtam, “morte e imortalidade”, são significativas. Na Bhagavad-gītā, o Senhor diz: “Eu sou a morte derradeira, que tira tudo dos demônios.” O interesse dos demônios é lutar continuamente pela vida como senhores da natureza material. Os demônios repetidamente encontram morte após morte e criam uma rede de envolvimento no mundo material. O Senhor é a morte para os demônios, mas, para os devotos, Ele é amṛta, vida eterna. Os devotos que prestam serviço contínuo ao Senhor já alcançaram a imortalidade, pois qualquer coisa que estejam fazendo nesta vida continuarão a fazer na próxima. Eles simplesmente trocarão seus corpos materiais por corpos espirituais. Ao contrário dos demônios, eles não precisam mais mudar para corpos materiais. O Senhor, portanto, é simultaneamente a morte e a imortalidade. Ele é a morte para os demônios e a imortalidade para os devotos. Ele é a meta última de todos por ser a causa de todas as causas. Dhruva Mahārāja foi aconselhado a render-se a Ele sob todos os aspectos, sem manter nenhuma ambição pessoal. Pode ser que se apresente o seguinte argumento: “Por que adoram os semideuses?” A resposta dada aqui é que os semideuses são adorados por homens menos inteligentes. Os semideuses, pessoalmente, aceitam sacrifícios para a satisfação última da Suprema Personalidade de Deus.

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