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VERSOS 39-40

tad upadravam ājñāya
lokasya vasu lumpatām
bhartary uparate tasminn
anyonyaṁ ca jighāṁ-satām

cora-prāyaṁ jana-padaṁ
hīna-sattvam arājakam
lokān nāvārayañ chaktā
api tad-doṣa-darśinaḥ

tat — nessa hora; upadravam — o distúrbio; ājñāya — entendendo; lokasya — das pessoas em geral; vasu — riquezas; lumpatām — por aqueles que estavam saqueando; bhartari — o protetor; uparate — estando morto; tasmin — rei Vena; anyonyam — um ao outro; ca — também; jighāṁ satām — desejando matar; cora-prāyam — cheio de ladrões; jana-padam — o estado; hīna — desprovido de; sattvam — regulação; arājakam — sem rei; lokān — os ladrões e trapaceiros; na — não; avārayan — eles subjugaram; śaktāḥ — capazes de fazê-lo; api — embora; tat-doṣa — essa perturbação; darśinaḥ — considerando.

Ao verem a tempestade de poeira, as pessoas santas puderam entender que havia muitas irregularidades devido à morte do rei Vena. Sem governo, o estado estava desprovido de lei e ordem, e consequentemente houve uma grande insurreição de trapaceiros e ladrões assassinos, que estavam saqueando as riquezas das pessoas em geral. Embora os grandes sábios pudessem deter os distúrbios através de seus poderes – assim como puderam matar o rei –, eles consideraram impróprio da sua parte fazê-lo. Assim, não tentaram deter o transtorno.

SIGNIFICADO—As pessoas santas e grandes sábios mataram o rei Vena devido à emergência, mas preferiram não fazer parte do governo a fim de subjugar a insurreição de ladrões e trapaceiros, que ocorreu após a morte do rei Vena. Matar não é dever de brāhmaṇas e pessoas santas, embora eles às vezes possam fazê-lo em caso de emergência. Eles podiam matar todos os ladrões e trapaceiros através dos poderes de seus mantras, mas julgaram que era dever dos reis kṣatriyas fazê-lo. Assim, recusaram-se a participar do assunto da matança.

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