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VERSO 5

eṣa vai loka-pālānāṁ
bibharty ekas tanau tanūḥ
kāle kāle yathā-bhāgaṁ
lokayor ubhayor hitam

eṣaḥ — este rei; vai — decerto; loka-pālānām — de todos os semideuses; bibharti — suporta; ekaḥ — sozinho; tanau — em seu corpo; tanūḥ — os corpos; kāle kāle — no devido curso do tempo; yathā — de acordo com; bhāgam — o devido quinhão; lokayoḥ — de sistemas planetários; ubhayoḥ — ambos; hitam — bem-estar.

No devido curso do tempo, este rei, em seu próprio corpo, será capaz de sozinho sustentar todas as entidades vivas e mantê-las em condição amena, manifestando-se como diferentes semideuses para executar atividades em setores diversos. Assim, ele manterá o sistema planetário superior, induzindo a população a executar sacrifícios védicos. No devido curso do tempo, ele também manterá este planeta Terra, provendo chuva suficiente.

SIGNIFICADO—Os semideuses encarregados dos diversos setores de atividades que mantêm este mundo são meros assistentes da Suprema Personalidade de Deus. Quando uma encarnação de Deus desce a este planeta, semideuses como o deus do Sol, o deus da Lua ou o rei do céu, Indra, juntam-se todos a Ele. Consequentemente, a encarnação da Divindade é capaz de agir pelos semideuses setoriais a fim de manter os sistemas planetários em ordem. A proteção do planeta Terra depende de chuva suficiente, e, como se afirma na Bhagavad-gītā e em outras escrituras, executam-se sacrifícios para satisfazer os semideuses encarregados da chuva.

annād bhavanti bhūtāni
parjanyād anna-sambhavaḥ
yajñād bhavati parjanyo
yajñaḥ karma-samudbhavaḥ

“Todos os corpos vivos se alimentam de grãos alimentícios, que são produzidos a partir das chuvas. As chuvas são produzidas pela execução de yajña [sacrifício], e yajña surge do cumprimento dos deveres prescritos.” (Bhagavad-gītā 3.14)

Assim, a execução adequada de yajña, sacrifício, é necessária. Como se indica nesta passagem, o rei Pṛthu sozinho induziria todos os cidadãos a se ocuparem em tais atividades sacrificatórias para que não houvesse escassez ou infelicidade. Em Kali-yuga, entretanto, no dito estado secular, o setor executivo do governo é ocupado por pretensos reis e presidentes que são todos tolos e patifes, ignorantes das complexidades das causas da natureza e ignorantes dos princípios de sacrifício. Semelhantes patifes simplesmente fazem diversos planos que sempre fracassam, em consequência do que as pessoas sofrem perturbações. Para neutralizar essa situação, os śāstras aconselham:

harer nāma harer nāma
harer nāmaiva kevalam
kalau nāsty eva nāsty eva
nāsty eva gatir anyathā

Assim, a fim de neutralizar esta desventurada situação no governo, a população em geral é aconselhada a cantar o mahā-mantra: Hare Kṛṣṇa, Hare Kṛṣṇa, Kṛṣṇa Kṛṣṇa, Hare Hare/ Hare Rāma, Hare Rāma, Rāma Rāma, Hare Hare.

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