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VERSO 31

bhraśyaty anusmṛtiś cittaṁ
jñāna-bhraṁśaḥ smṛti-kṣaye
tad-rodhaṁ kavayaḥ prāhur
ātmāpahnavam ātmanaḥ

bhraśyati — destrói-se; anusmṛtiḥ — pensando constantemente; cittam — consciência; jñāna-bhraṁśaḥ — desprovido de conhecimento verdadeiro; smṛti-kṣaye — pela destruição da lembrança; tat­-rodham — suspendendo este processo; kavayaḥ — grandes estudiosos eruditos; prāhuḥ — opinam; ātma — da alma; apahnavam — destrui­ção; ātmanaḥ — da alma.

Aquele que se desvia de sua consciência original perde a capacidade de lembrar-se de sua posição anterior ou de reconhecer sua posição atual. Perdida a lembrança, todo o conhecimento adqui­rido se baseia em um alicerce falso. Quando isso acontece, os estudiosos eruditos consideram que a alma está perdida.

SIGNIFICADO—A entidade viva, ou a alma, é sempre existente e eterna. Embora ela não possa perder-se, os estudiosos eruditos dizem que ela se perde quando o verdadeiro conhecimento deixa de funcionar. Essa é a diferença entre os animais e os seres humanos. Segundo filóso­fos menos inteligentes, os animais não têm alma. Mas, na verdade, os animais têm alma. Entretanto, devido à ignorância grosseira dos animais, parece que eles perderam suas almas. Sem a alma, o corpo não pode mover-se. Essa é a diferença entre um corpo vivo e um corpo morto. Quando a alma está fora do corpo, afirma-se que o corpo está morto. A alma é considerada perdida quando não demonstra conhecimento apropriado. Nossa consciência original é a consciência de Kṛṣṇa, visto que somos partes integrantes de Kṛṣṇa. Quando desviamos essa consciência e caímos na atmosfera mate­rial, que polui nossa consciência original, julgamos ser produtos dos elementos materiais. Assim, perdemos nossa verdadeira lem­brança de nossa posição como partes integrantes da Suprema Perso­nalidade de Deus, assim como um homem adormecido se esquece de si mesmo. Dessa maneira, quando se reprime as atividades da consciência apropriada, todas as atividades da alma perdida são realizadas sobre um alicerce falso. No momento atual, a civilização humana está agindo sobre uma falsa plataforma de identificação corpórea; portanto, pode-se dizer que as pessoas da era atual per­deram suas almas e, nesse sentido, não passam de animais.

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