VERSO 54
vijitāśvaṁ dhūmrakeśaṁ
haryakṣaṁ draviṇaṁ vṛkam
sarveṣāṁ loka-pālānāṁ
dadhāraikaḥ pṛthur guṇān
vijitāśvam — chamado Vijitāśva; dhūmrakeśam — chamado Dhūmrakeśa; haryakṣam — chamado Haryakṣa; draviṇam — chamado Draviṇa; vṛkam — chamado Vṛka; sarveṣām — de todos; loka-pālānām — os líderes governamentais de todos os planetas; dadhāra — aceitou; ekaḥ — único; pṛthuḥ — Pṛthu Mahārāja; guṇān — todas as qualidades.
Após gerar cinco filhos, chamados Vijitāśva, Dhūmrakeśa, Haryakṣa, Draviṇa e Vṛka, Pṛthu Mahārāja continuou a governar o planeta. Ele aceitou todas as qualidades das deidades que governavam todos os demais planetas.
SIGNIFICADO—Cada planeta tem sua deidade predominante. A Bhagavad-gītā nos indica que há uma deidade predominante no Sol, chamada Vivasvān. Do mesmo modo, há uma deidade predominante da Lua e dos diversos planetas. Na verdade, as deidades predominantes de todos os outros planetas descendem das deidades predominantes do Sol e da Lua. Neste planeta Terra, há duas dinastias de kṣatriyas, uma descendente da deidade predominante do Sol, e outra descendente da deidade predominante da Lua. Essas dinastias são conhecidas como Sūrya-vaṁśa e Candra-vaṁśa respectivamente. Quando a monarquia vigorava neste planeta, o membro principal era um dos membros da dinastia Sūrya, ou Sūrya-vaṁśa, e os reis subordinados pertenciam à Candra-vaṁśa. Entretanto, Mahārāja Pṛthu é tão poderoso que podia manifestar todas as qualidades das deidades predominantes em outros planetas.
Na era moderna, habitantes da Terra têm tentado ir à Lua, mas não conseguiram encontrar ninguém ali, isso para não falar de encontrar-se com a deidade predominante da Lua. A literatura védica, contudo, informa-nos repetidamente que a Lua está repleta de habitantes elevadíssimos, enquadrados na categoria de semideuses. Portanto, estamos sempre em dúvida sobre que espécie de aventura lunar os cientistas modernos deste planeta Terra realizaram.