VERSO 14
prākāropavanāṭṭāla-
parikhair akṣa-toraṇaiḥ
svarṇa-raupyāyasaiḥ śṛṅgaiḥ
saṅkulāṁ sarvato gṛhaiḥ
prākāra — muros; upavana — parques; aṭṭāla — torres; parikhaiḥ — com valas; akṣa — janelas; toraṇaiḥ — com portões; svarṇa — ouro; raupya — prata; ayasaiḥ — feitas de ferro; śṛṅgaiḥ — com cúpulas saṅkulām — congestionadas; sarvataḥ — em toda parte; gṛhaiḥ — com casas.
Aquela cidade estava rodeada por muros e parques e, dentro dela, havia torres, canais, janelas e portões. Suas casas eram decoradas com cúpulas feitas de ouro, prata e ferro.
SIGNIFICADO––O corpo é protegido pelas paredes da pele. Os pelos do corpo se comparam aos parques, e as partes superiores do corpo, como o nariz e a cabeça, comparam-se às torres. As dobras de depressões em diferentes partes do corpo se comparam às valas ou canais, os olhos se comparam às janelas, e as pálpebras se comparam aos portões de segurança. As três espécies de metal, ouro, prata e ferro representam os três modos da natureza material. O ouro representa a bondade; a prata, a paixão, e o ferro, a ignorância. O corpo às vezes também é considerado como um saco que contém três elementos (tri-dhātu): muco, bílis e ar (kapha, pitta e vāyu). Yasyātmas-buddhiḥ kuṇape tri-dhātuke. Segundo o Bhāgavatam (10.84.13), quem acha que este saco de muco, bílis e ar é o eu é considerado pior do que uma vaca ou um asno.