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VERSO 33

na vidāma vayaṁ samyak
kartāraṁ puruṣarṣabha
ātmanaś ca parasyāpi
gotraṁ nāma ca yat-kṛtam

na — não; vidāma — sei; vayam — eu; samyak — perfeitamente; kartāram — autor; puruṣa-ṛṣabha — ó melhor dos seres humanos; ātmanaḥ — de mim mesma; ca — e; parasya — dos outros; api — também; gotram — história da família; nāma — nome; ca — e; yat-kṛtam — o que foi feito por quem.

A mocinha disse: Ó melhor dos seres humanos, não sei quem me gerou. Nem posso falar-te perfeitamente sobre isso. Tampouco conheço os nomes ou a origem dos associados que andam comigo.

SIGNIFICADO––A entidade viva ignora a sua origem. Ela não sabe por que este mundo material foi criado, por que os outros estão trabalhando neste mundo material e qual é a fonte última desta manifestação. Ninguém sabe as respostas a essas perguntas, e isso se chama igno­rância. Ao pesquisarem acerca da origem da vida, importantes cientistas descobrem algumas composições químicas ou combina­ções celulares, mas, na verdade, ninguém conhece a fonte original da vida dentro deste mundo material. Usa-se a expressão brahma-jijñāsā para indicar uma curiosidade por conhecer a fonte original de nossa existência neste mundo material. Nenhum filósofo, cientista ou polí­tico realmente sabe de onde viemos, por que estamos aqui lutando tão arduamente pela vida, e para onde iremos. De um modo geral, as pessoas opinam que todos nós estamos aqui por acaso e que, tão logo esses corpos terminem, todas as nossas dramáticas atividades terminarão e nos tornaremos zero. Semelhantes cientistas e filóso­fos são impersonalistas e niilistas. Neste verso, a mocinha está expressando a verdadeira posição da entidade viva. Ela não pode dizer a Purañjana o nome de seu pai porque não sabe de onde veio. Tampouco ela sabe por que está presente naquele lugar. Ela diz francamente que nada sabe a respeito dessas coisas. Essa é a posição da entidade viva no mundo material. Os cientis­tas, filósofos e grandes líderes são muito numerosos, mas eles não sabem de onde vieram, nem sabem por que estão atarefados dentro deste mundo material para obter uma posição de dita felicidade. Neste mundo material, temos muitos bons recursos para viver, mas somos tão tolos que não perguntamos quem fez este mundo habitável para nós e o organizou tão bem. Tudo está funcionando em ordem, mas as pessoas pensam tolamente que são produzidas por acaso neste mundo material e que, após a morte, se tornarão zero. Elas acham que este belo lugar que habitam permanecerá automaticamente.

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