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VERSO 35

ete sakhāyaḥ sakhyo me
narā nāryaś ca mānada
suptāyāṁ mayi jāgarti
nāgo ’yaṁ pālayan purīm

ete — todos esses; sakhāyaḥ — amigos; sakhyaḥ — companheiras; me — meus; narāḥ — homens; nāryaḥ — mulheres; ca — e; māna-da — ó respeitabilíssimo; suptāyām — enquanto dormindo; mayi — estou; jāgarti — mantém-se desperta; nāgaḥ — serpente; ayam — esta; pālayan — protegendo; purīm — esta cidade.

Meu querido cavalheiro, todos esses homens e todas essas mulheres que me acompanham são conhecidos como meus amigos, e a serpente, que sempre permanece desperta, protege esta cidade enquanto estou dormindo. É isso o que sei. Não sei nada mais além disso.

SIGNIFICADO––Purañjana perguntou à mulher sobre aqueles onze homens e suas esposas e a serpente. A mulher deu uma breve descrição deles. Obviamente, ela não tinha pleno conhecimento sobre os homens e mulheres que a cercavam, nem sobre a serpente. Como se afirmou antes, a serpente é a força vital do ser vivo. Essa força vital sempre permanece desperta, mesmo quando o corpo e os sentidos se tornam fatigados e param de funcionar. Mesmo em estado de inconsciência, quando dormimos, a serpente, ou a força vital, permanece intacta e desperta. Consequentemente, sonhamos ao dormir. Quando a entidade viva abandona este corpo material, a força vital ainda permanece intacta e é levada para outro corpo material. Isso se chama transmigração, ou mudança de corpo, processo este conhecido como morte. Na verdade, não existe morte. A força vital sempre existe com a alma, e, quando a alma desperta do suposto sono, ela pode ver seus onze amigos, ou seja, os sentidos ativos e a mente, acompanhados por seus vários desejos (esposas). A força vital permanece. Podemos entender que, mesmo durante o sono, em virtude de nosso processo respiratório, a serpente vive, alimentando­-se do ar que circula dentro deste corpo. O ar se apresenta sob a forma da respiração, e, enquanto houver respiração, pode-se entender que um homem adormecido está vivo. Mesmo quando o corpo grosseiro está adormecido, a força vital permanece ativa e viva para proteger o corpo. Assim, descreve-se que a serpente está viva e alimentando-se de ar para manter o corpo apto para viver.

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