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VERSO 42

kasyā manas te bhuvi bhogi-bhogayoḥ
striyā na sajjed bhujayor mahā-bhuja
yo ’nātha-vargādhim alaṁ ghṛṇoddhata-
smitāvalokena caraty apohitum

kasyāḥ — cuja; manaḥ — mente; te — de ti; bhuvi — neste mundo; bhogi-bhogayoḥ — como o corpo de uma serpente; striyāḥ — de uma mulher; na — não; sajjet — sente-se atraída; bhujayoḥ — pelos braços; mahā-bhuja — ó poderoso cavalheiro; yaḥ — alguém que; anātha­vargā — de pobres mulheres como eu; adhim — aflições da mente; alam — capaz; ghṛṇā-uddhata — com agressiva misericórdia; smita-­avalokena — com sorriso atrativo; carati — viaja; apohitum — para dissipar.

Ó poderoso cavalheiro, quem neste mundo não se sentirá atraído por teus braços, que são como os corpos de serpentes? Na verdade, alivias as aflições de mulheres sem esposo como nós com teu sorriso atrativo e tua agressiva misericórdia. Achamos que estás via­jando sobre a superfície da Terra apenas para nos beneficiar.

SIGNIFICADO––Ao ser atacada por um homem agressivo, uma mulher solteira toma isso como um ato de misericórdia. De um modo geral, a mulher se sente muito atraída pelos longos braços de um homem. O corpo da serpente é redondo, tornando-se mais estreito e fino em seu rabo. Os belos braços de um homem parecem serpentes para as mulheres, as quais desejam muito ser abraçadas por esses braços.

A palavra anātha-vargā é muito significativa neste verso. Nātha significa “esposo”, e a significa “sem”. Uma jovem solteira chama-se anātha, significando “aquela que não é protegida”. Logo que alcança a puberdade, a mulher torna-se muito agitada pelo desejo sexual. Portanto, é dever do pai providenciar o casamento de sua filha antes que ela alcance a puberdade. Caso contrário, ela ficará muito mortificada por não ter um esposo. Qualquer pessoa que satisfaça seu desejo sexual nessa idade torna-se um grande objeto de satisfação. É um fato psicológico que, quando uma mulher, na puberdade, encontra-se com um homem e o homem a satisfaz sexualmente, ela amará esse homem pelo resto de sua vida, não importando quem seja ele. Assim, o suposto amor neste mundo mate­rial nada mais é que a satisfação sexual.

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