VERSO 38
tapasā vidyayā pakva-
kaṣāyo niyamair yamaiḥ
yuyuje brahmaṇy ātmānaṁ
vijitākṣānilāśayaḥ
tapasā — mediante austeridades; vidyayā — mediante educação; pakva — queimadas; kaṣāyaḥ — todas as coisas sujas; niyamaiḥ — mediante princípios reguladores; yamaiḥ — mediante autocontrole; yuyuje — ele fixou; brahmaṇi — na realização espiritual; ātmānam — seu eu; vijita — inteiramente controlados; akṣa — sentidos; anila — vida; āśayaḥ — consciência.
Adorando, praticando austeridades e seguindo os princípios reguladores, o rei Malayadhvaja conquistou seus sentidos, sua vida e sua consciência. Assim, ele concentrou tudo no ponto central do Brahman Supremo [Kṛṣṇa].
SIGNIFICADO—Toda vez que encontram a palavra brahman, os impersonalistas tomam-na como significando a refulgência impessoal, o brahmajyoti. Na verdade, entretanto, o Parabrahman, o Brahman Supremo, é Kṛṣṇa, Vāsudeva. Como se afirma na Bhagavad-gītā (7.19), vāsudevaḥ sarvam iti: Vāsudeva expande-Se por toda parte como o Brahman impessoal. Não se pode fixar a mente em “algo” impessoal. Portanto, a Bhagavad-gītā (12.5) diz que kleśo ’dhikataras teṣām avyaktāsakta-cetasām: “Para aqueles cujas mentes estão apegadas ao aspecto impessoal e imanifesto do Supremo, o progresso é muito problemático.” Logo, ao se dizer nesta passagem que o rei Malayadhvaja fixou sua mente no Brahman, “Brahman” significa a Suprema Personalidade de Deus, Vāsudeva.