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VERSO 24

apy arvāg-vṛttayo yasya
mahi tv ātmabhuv-ādayaḥ
yathā-mati gṛṇanti sma
kṛtānugraha-vigraham

api — ainda; arvāk-vṛttayaḥ — além das atividades mentais; yasya — cujas; mahi — glórias; tu — mas; ātmabhū-ādayaḥ — Brahmā etc; yathā-mati — de acordo com suas diferentes capacidades; gṛṇanti sma — ofereceram orações; kṛta-anugraha — manifesta por Sua graça; vigraham — forma transcendental.

Embora o poder mental inclusive de semideuses como Brahmā não conseguisse compreender as ilimitadas glórias do Senhor Supremo, todos eles puderam perceber a forma transcendental da Suprema Personalidade de Deus por graça dEle. Somente por tal graça puderam oferecer suas respeitosas orações de acordo com suas diferentes capacidades.

SIGNIFICADO—O Senhor Supremo, a Personalidade de Deus, é sempre ilimitado, e ninguém, nem mesmo uma personalidade como o senhor Brahmā, pode enumerar completamente as Suas glórias. Afirma-se que Ananta, uma encarnação direta do Senhor, tem bocas ilimitadas, com cada uma das quais tem tentado descrever as glórias do Senhor por um período de tempo ilimitado; todavia, as glórias do Senhor permanecem ilimitadas, e por isso Ananta nunca termina de descrevê-las. Não é possível que uma entidade viva comum entenda ou glorifique a ilimitada Personalidade de Deus, mas podemos oferecer orações ou serviços ao Senhor de acordo com nossa capacidade em particular. Esta capacidade aumenta com o espírito de serviço. Sevonmukhe hi jihvādau significa que o serviço ao Senhor começa com a língua. Isso se refere ao cantar. Cantando Hare Kṛṣṇa, começa-se a servir ao Senhor. Outra função da língua é saborear e aceitar a prasāda do Senhor. Devemos começar nosso serviço ao Ilimitado com a língua e aperfeiçoar-nos em cantar, e aceitar a prasāda do Senhor. Aceitar a prasāda do Senhor significa controlar todo o conjunto de sentidos. A língua é considerada o sentido mais incontrolável porque anseia por muitos comestíveis insalubres, forçando, desse modo, a entidade viva a cair no calabouço da vida material condicionada. À medida que a entidade viva transmigra de uma forma de vida a outra, ela é obrigada a comer tantos alimentos abomináveis que, no final das contas, não há limite para eles. Deve-se usar a língua para cantar e comer a prasāda do Senhor, de modo que os demais sentidos sejam controlados. O canto é o remédio, e a prasāda, a dieta. Com esses processos, podemos começar nosso serviço, e, à medida que o serviço aumenta, o Senhor revela-Se cada vez mais ao devoto. Mas não há limites para Suas glórias, e não há limite para a ocupação de servir ao Senhor.

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