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VERSO 53

yathā pumān na svāṅgeṣu
śiraḥ-pāṇy-ādiṣu kvacit
pārakya-buddhiṁ kurute
evaṁ bhūteṣu mat-paraḥ

yathā — como; pumān — uma pessoa; na — não; sva-aṅgeṣu — em seu próprio corpo; śiraḥ-pāṇi-ādiṣu — entre a cabeça e as mãos e outras partes do corpo; kvacit — às vezes; pārakya-buddhim — diferenciação; kurute — faz; evam — assim; bhūteṣu — entre entidades vivas; mat-paraḥ — Meu devoto.

Uma pessoa com inteligência normal não pensa que a cabeça e outras partes do corpo são separadas. Do mesmo modo, Meu devoto não diferencia Viṣṇu, a onipenetrante Personalidade de Deus, de alguma coisa ou de alguma entidade viva.

SIGNIFICADO—Sempre que alguma doença aparece em qualquer parte do corpo, todo o corpo cuida da parte doente. Analogamente, a unidade do devoto manifesta-se em sua compaixão por todas as almas condicionadas. A Bhagavad-gītā (5.18) diz que paṇḍitāḥ sama-darśinaḥ: aqueles que são eruditos veem com igualdade a vida condicionada de todos. Os devotos têm compaixão de todas as almas condicionadas, motivo pelo qual são conhecidos como apārakya-buddhi. Visto que os devotos são eruditos e sabem que todas as entidades vivas são partes integrantes do Senhor Supremo, eles pregam a consciência de Kṛṣṇa a todos para que todos possam ser felizes. Se uma parte específica do corpo adoece, toda a atenção do corpo se volta para aquela parte. Analogamente, os devotos se interessam por qualquer pessoa que esteja esquecida de Kṛṣṇa e, portanto, esteja em consciência material. A visão de igualdade do devoto é que ele trabalha para levar todas as entidades vivas de volta ao lar, de volta ao Supremo.

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