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VERSO 45

prasādābhimukhaṁ śaśvat
prasanna-vadanekṣaṇam
sunāsaṁ subhruvaṁ cāru-
kapolaṁ sura-sundaram

prasāda-abhimukham — sempre disposto a oferecer misericórdia imotivada; śaśvat — sempre; prasanna — agradável; vadana — boca; īkṣaṇam — visão; su-nāsam — nariz muito bem formado; su-bhruvam — sobrancelhas muito bem decoradas; cāru — belos; kapolam — testa; sura — os semideuses; sundaram — formoso.

[Descreve-se aqui a forma do Senhor.] O rosto do Senhor é perpetuamente belíssimo e de expressão agradável. Para os devotos que O veem, Ele nunca parece insatisfeito, e está sempre disposto a conceder-lhes bênçãos. Seus olhos, Suas sobrancelhas bem decoradas, Seu nariz afilado e Sua ampla testa são todos belíssimos. Ele é mais belo do que todos os semideuses.

SIGNIFICADO­—Este verso explica claramente que devemos meditar da forma do Senhor. A meditação impessoal é uma invenção de farsantes dos dias modernos. Em nenhum dos textos védicos recomenda-se a meditação impessoal. Na Bhagavad-gītā, quando a meditação é recomendada, usa-se a palavra mat-paraḥ, que significa “relativo a Mim”. Qualquer forma de Viṣṇu relaciona-se com o Senhor Kṛṣṇa porque o Senhor Kṛṣṇa é a forma Viṣṇu original. Algumas vezes, pessoas tentam meditar no Brahman impessoal, que é descrito na Bhagavad-gītā como avyakta, que significa “imanifesto” ou “impessoal”. Mas o próprio Senhor ressalta que aqueles que estão apegados a esse aspecto impessoal do Senhor dedicam-se sofridamente a uma atividade muito incômoda, pois ninguém pode concentrar-se no aspecto impessoal. É preciso concentrar-se na forma do Senhor, que se descreve aqui para a meditação de Dhruva Mahārāja. Como se evidenciará em descrições posteriores, Dhruva Mahārāja aperfeiçoou essa espécie de meditação, e seu yoga foi exitoso.

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