VERSO 58
paricaryā bhagavato
yāvatyaḥ pūrva-sevitāḥ
tā mantra-hṛdayenaiva
prayuñjyān mantra-mūrtaye
paricaryāḥ — serviço; bhagavataḥ — da Personalidade de Deus; yāvatyaḥ — como são prescritas (conforme mencionado acima); pūrva-sevitāḥ — recomendado ou feito pelos ācāryas anteriores; tāḥ — isto; mantra — hinos; hṛdayena — dentro do coração; eva — certamente; prayuñjyāt — deve-se adorar; mantra-mūrtaye — que não é diferente do mantra.
Devem-se seguir os passos dos devotos anteriores no que diz respeito a como adorar o Senhor Supremo com a parafernália prescrita, ou deve-se oferecer adoração dentro do coração, recitando o mantra para a Personalidade de Deus, que não é diferente do mantra.
SIGNIFICADO—Aqui se recomenda que, mesmo que alguém não possa providenciar a adoração às formas do Senhor com toda a parafernália recomendada, ele pode simplesmente pensar na forma do Senhor e, mentalmente, oferecer-Lhe tudo o que é recomendado nos śāstras, incluindo flores, polpa de candana, búzio, guarda-sol, abano e cāmara. A pessoa pode meditar que oferece e cantar o mantra de doze sílabas, oṁ namo bhagavate vāsudevāya. Uma vez que o mantra e a Suprema Personalidade de Deus não são diferentes, pode-se adorar a forma do Senhor com o mantra na ausência da parafernália física. A história do brāhmaṇa que adorou o Senhor mentalmente, relatada no Bhakti-rasāmṛta-sindhu, ou O Néctar da Devoção, deve ser consultada a este respeito. Se a parafernália não está presente fisicamente, pode-se pensar nos objetos e oferecê-los à Deidade, cantando o mantra. São essas as facilidades liberais e potentes no processo de serviço devocional.