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VERSO 4

saṁśayo ’yaṁ mahān brahman
dārāgāra-sutādiṣu
saktasya yat siddhir abhūt
kṛṣṇe ca matir acyutā

saṁśayaḥ — dúvida; ayam — esta; mahān — grande; brahman — ó brāhmaṇa; dāra — à esposa; āgāra — lar; suta — filhos; ādiṣu — e assim por diante; saktasya — de uma pessoa apegada; yat — porque; siddhiḥ — perfeição; abhūt — tornou-se; kṛṣṇe — a Kṛṣṇa; ca — também; matiḥ — apego; acyutā — infalível.

O rei prosseguiu: Ó grande brāhmaṇa, esta é a minha grande dú­vida. Como foi possível a uma pessoa como o rei Priyavrata, que era tão apegado a esposa, filhos e lar, alcançar a perfeição máxima e infalível em consciência de Kṛṣṇa?

SIGNIFICADO—O rei Parīkṣit surpreendeu-se ao saber que uma pessoa tão apegada a esposa, filhos e lar pudesse se tornar tão perfeitamente consciente de Kṛṣṇa. Prahlāda Mahārāja diz:

matir na kṛṣṇe parataḥ svato vā
mitho ’bhipadyeta gṛha-vratānām

O gṛhavrata, aquele que fez um voto de cumprir com seus deveres familiares, não tem possibilidade de tornar-se consciente de Kṛṣṇa. Isso porque a maioria dos gṛhavratas deixam-se conduzir pelo gozo dos sentidos e, portanto, deslizam gradualmente às mais escuras regiões da existência material (adānta-gobhir viśatāṁ tamisram). Será que eles podem realmente tornar-se perfeitos em consciência de Kṛṣṇa? Mahārāja Parīkṣit pediu a Śukadeva Gosvāmī que esclare­cesse essa grande dúvida.

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