VERSO 19
nimlocati ha bhagavān sakala-jagat-kṣemodayas trayy-ātmādyāpi mama na mṛga-vadhū-nyāsa āgacchati.
nimlocati — se põe; ha — ai de mim; bhagavān — a Suprema Personalidade de Deus, representado como o Sol; sakala-jagat — de todo o universo; kṣema-udayaḥ — que aumenta a boa fortuna; trayī-ātmā — que consiste nos três Vedas; adya api — até agora; mama — meu; na — não; mṛga-vadhū-nyāsaḥ — esse veadinho confiado a mim por sua mãe; āgacchati — voltou.
Ai de mim! Quando o Sol aparece, todas as coisas auspiciosas começam, mas, infelizmente, elas não começaram para mim. O deus do Sol é os Vedas personificados, mas sou desprovido de todos os princípios védicos. Agora, esse deus do Sol está no ocaso, e o pobre animal que confiou em mim desde que sua mãe morreu ainda não regressou.
SIGNIFICADO—A Brahma-saṁhitā (5.52) descreve que o Sol é o olho da Suprema Personalidade de Deus.
yac-cakṣur eṣa savitā sakala-grahāṇāṁ
rājā samasta-sura-mūrtir aśeṣa-tejāḥ
yasyājñayā bhramati sambhṛta-kāla-cakro
govindam ādi-puruṣaṁ tam ahaṁ bhajāmi
Quando o Sol aparece, devemos cantar o mantra védico que começa com o Gāyatrī. O Sol é a representação simbólica dos olhos do Senhor Supremo. Mahārāja Bharata lamentava que, embora o Sol estivesse prestes a se pôr, devido à ausência do pobre animal, ele não podia encontrar nada auspicioso. Bharata Mahārāja considerava-se muito desafortunado porque, devido à ausência do animal, nada lhe era auspicioso na presença do Sol.