VERSO 33
dvau sammatāv iha mṛtyū durāpau
yad brahma-sandhāraṇayā jitāsuḥ
kalevaraṁ yoga-rato vijahyād
yad agraṇīr vīra-śaye ’nivṛttaḥ
dvau — duas; sammatau — aprovadas (pelos śāstras e pelas grandes personalidades); iha — neste mundo; mṛtyū — mortes; durāpau — extremamente raras; yat — as quais; brahma- sandhāraṇayā — com absorção no Brahman, Paramātmā ou Parabrahma, Kṛṣṇa; jita-asuḥ — controlando a mente e os sentidos; kalevaram — o corpo; yoga-rataḥ — estando ocupado na prática do yoga; vijahyāt — alguém pode deixar; yat — o qual; agraṇīḥ — assumindo a liderança; vīra-śaye — no campo de batalha; anivṛttaḥ — sem dar as costas.
Existem duas maneiras de obter uma morte gloriosa, e ambas são muito raras. Uma delas consiste em a pessoa morrer após executar yoga místico, especialmente bhakti-yoga, através do que é possível controlar a mente e a força vital e morrer com o pensamento absorto na Suprema Personalidade de Deus. A segunda consiste em morrer no campo de batalha, liderando o exército e nunca dando as costas ao inimigo. Essas duas espécies de morte são recomendadas nos śāstras como gloriosas.
Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do sexto canto, décimo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “A Batalha entre os Semideuses e Vṛtrāsura”.