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VERSOS 2-3

viśīryamāṇāṁ pṛtanām
āsurīm asurarṣabhaḥ
kālānukūlais tridaśaiḥ
kālyamānām anāthavat

dṛṣṭvātapyata saṅkruddha
indra-śatrur amarṣitaḥ
tān nivāryaujasā rājan
nirbhartsyedam uvāca ha

viśīryamāṇām — sendo repelido; pṛtanām — o exército; āsurīm — dos demônios; asura-ṛṣabhaḥ — ó melhor dos asuras, Vṛtrāsura; kāla-­anukūlaiḥ — seguindo as circunstâncias apresentadas pelo tempo; tri­daśaiḥ — pelos semideuses; kālyamānām — sendo perseguidos; anātha-vat — como se ninguém estivesse ali para protegê-los; dṛṣṭvā — vendo; atapyata — sentiu dor; saṅkruddhaḥ — estando muito irado; indra­-śatruḥ — Vṛtrāsura, o inimigo de Indra; amarṣitaḥ — incapaz de tole­rar; tān — a eles (os semideuses); nivārya — interceptando; ojasā — com muita força; rājan — ó rei Parīkṣit; nirbhartsya — censurando; idam — isto; uvāca — disse; ha — na verdade.

Ó rei Parīkṣit, os semideuses, aproveitando-se de uma oportunidade favorável apresentada pelo tempo, atacaram o exército dos demônios pela retaguarda e começaram a rechaçar os soldados demoníacos, dispersando-os como se o exército não tivesse líder. Vendo a lamentável condição de seus soldados, Vṛtrāsura, o melhor dos asuras, que era chamado de Indraśatru, o inimigo de Indra, ficou muito pesaroso. Incapaz de tolerar esses reveses, parou e cen­surou fortemente os semideuses, falando com muita ira as seguintes palavras.

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