VERSO 15
sa āvasat puṣkara-nāla-tantūn
alabdha-bhogo yad ihāgni-dūtaḥ
varṣāṇi sāhasram alakṣito ’ntaḥ
sañcintayan brahma-vadhād vimokṣam
saḥ — ele (Indra); āvasat — vivia; puṣkara-nāla-tantūn — no entrelaçamento das fibras de um caule de lótus; alabdha-bhogaḥ — não obtendo nenhum conforto material (praticamente sedento de todas as necessidades materiais); yat — o qual; iha — aqui; agni-dūtaḥ — o mensageiro, o deus do fogo; varṣāṇi — anos celestiais; sāhasram — mil; alakṣitaḥ — invisível; antaḥ — dentro de seu coração; sañcintayan — sempre pensando em; brahma-vadhāt — de ter matado um brāhmaṇa; vimokṣam — libertar-se.
Sempre pensando em como poderia libertar-se da reação pecaminosa de ter matado um brāhmaṇa, o rei Indra, invisível a todos, viveu no lago por mil anos, onde ficou nas fibras sutis de um caule de lótus. O deus do fogo costumava levar-lhe sua parte de todos os yajñas, mas, porque o deus do fogo temia entrar na água, Indra praticamente sofria de inanição.