VERSO 58
labdhveha mānuṣīṁ yoniṁ
jñāna-vijñāna-sambhavām
ātmānaṁ yo na buddhyeta
na kvacit kṣemam āpnuyāt
labdhvā — alcançando; iha — neste mundo material (especialmente nessa terra piedosa de Bhārata-varṣa, Índia); mānuṣīm — humana; yonim — a espécie; jñāna — do conhecimento através das escrituras védicas; vijñāna — e pondo em prática esse conhecimento; sambhavām — onde existe uma possibilidade; ātmānam — sua verdadeira identidade; yaḥ — todo aquele que; na — não; buddhyeta — entende; na — nunca; kvacit — em momento algum; kṣemam — sucesso na vida; āpnuyāt — pode obter.
O ser humano pode alcançar a perfeição da vida ao buscar a autorrealização por intermédio da literatura védica e da aplicação prática dos ensinamentos nela contidos. Isso é possível especialmente para o ser humano nascido na Índia, a terra da piedade. Um homem que nasce nessa situação favorável, porém não entende seu eu, é incapaz de alcançar a perfeição máxima, mesmo que galgue a vida nos sistemas planetários superiores.
SIGNIFICADO—Esta afirmação é confirmada no Caitanya-caritāmṛta (Ādi 9.41). O Senhor Caitanya diz:
bhārata-bhūmite haila manuṣya-janma yāra
janma sārthaka kari’ kara para-upakāra
Todos os seres humanos nascidos na Índia podem alcançar o sucesso supremo através da literatura védica e de sua aplicação prática na vida. Quem é perfeito pode prestar serviço em prol da autorrealização de toda a sociedade humana. Essa é a melhor maneira de prestar trabalho humanitário.