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VERSO 17

sanat-kumāro ’vatu kāmadevād
dhayaśīrṣā māṁ pathi deva-helanāt
devarṣi-varyaḥ puruṣārcanāntarāt
kūrmo harir māṁ nirayād aśeṣāt

sanat-kumāraḥ — o grande brahmacārī chamado Sanat-kumāra; avatu — que ele proteja; kāma-devāt — das mãos de Cupido, ou do desejo luxurioso; haya-śīrṣā — o Senhor Hayagrīva, a encarnação do Senhor cuja cabeça é como a de um cavalo; mām — a mim; pathi — no caminho; deva-helanāt — de deixar de prestar respeitosas reverên­cias aos brāhmaṇas, aos vaiṣṇavas e ao Senhor Supremo; devarṣi­-varyaḥ — o melhor dos sábios santos, Nārada; puruṣa-arcana-antarāt­ — das ofensas na adoração à Deidade; kūrmaḥ — o Senhor Kūrma, a tartaruga; hariḥ — a Suprema Personalidade de Deus; mām — a mim; nirayāt — do inferno; aśeṣāt — ilimitado.

Que Sanat-kumāra me proteja dos desejos luxuriosos. Sempre que eu começar alguma atividade auspiciosa, que o Senhor Hayagrīva me proteja da ofensa de eu não prestar respeitosas reverências ao Senhor Supremo. Que Devarṣi Nārada me proteja de cometer ofen­sas na adoração à Deidade, e que o Senhor Kūrma, a tartaruga, proteja-me de cair nos ilimitados planetas infernais.

SIGNIFICADO—De modo geral, as pessoas têm fortíssimos desejos luxuriosos, e eles são o maior impedimento no desempenho do serviço devocio­nal. Portanto, aqueles que estão muito influenciados pelos desejos luxuriosos são aconselhados a se refugiarem em Sanat-kumāra, o grande devoto brahmacārī. Nārada Muni, que é o instrutor de arcana, é autor do Nārada-pañcarātra, que prescreve os princípios reguladores mediante os quais se adora a Deidade. Todos que estão ocupados na adoração à Deidade, seja no lar, seja no templo, devem sempre buscar a misericórdia de Devarṣi Nārada para evitarem as trinta e duas ofensas enquanto se adora a Deidade. Essas ofensas praticadas na adoração à Deidade são mencionadas no Néctar da Devoção.

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