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VERSOS 13-17

viṣvag vivardhamānaṁ tam
iṣu-mātraṁ dine dine
dagdha-śaila-pratīkāśaṁ
sandhyābhrānīka-varcasam

tapta-tāmra-śikhā-śmaśruṁ
madhyāhnārkogra-locanam
dedīpyamāne tri-śikhe
śūla āropya rodasī

nṛtyantam unnadantaṁ ca
cālayantaṁ padā mahīm
darī-gambhīra-vaktreṇa
pibatā ca nabhastalam

lihatā jihvayarkṣāṇi
grasatā bhuvana-trayam
mahatā raudra-daṁṣṭreṇa
jṛmbhamāṇaṁ muhur muhuḥ
vitrastā dudruvur lokā
vīkṣya sarve diśo daśa

viṣvak — por toda parte; vivardhamānam — aumentando; tam — a ele; iṣu-mātram — o voo de uma flecha; dine dine — dia após dia; dagdha — chamuscada; śaila — montanha; pratīkāśam — parecendo; sandhyā — à tardinha; abhra-anīka — como um agrupamento de nuvens; varcasam — tendo uma refulgência; tapta — derretido; tāmra — como cobre; śikhā — pelos; śmaśrum — bigode e barba; madhyāhna — ao meio-dia; arka — como o sol; ugra-locanam — tendo olhos poderosos; dedīpyamāne — incandescente; tri-śikhe — de três pontas; śūle — em sua lança; āropya — mantendo; rodasī — céu e terra; nṛtyantam — dançan­do; unnadantam — gritando alto; ca — e; cālayantam — balançando; padā — com seu pé; mahīm — a Terra; darī-gambhīra — tão profunda como uma caverna; vaktreṇa — com a boca; pibatā — bebendo; ca — também; nabhastalam — o céu; lihatā — lambendo; jihvayā — com a língua; ṛkṣāṇi — as estrelas; grasatā — engolindo; bhuvana-trayam — os três mundos; mahatā — enormes; raudra-daṁṣṭreṇa — com dentes medonhos; jṛmbhamāṇam — bocejando; muhuḥ muhuḥ — repetidas vezes; vitrastāḥ — temerosas; dudruvuḥ — corriam; lokāḥ — as pessoas; vīkṣya — vendo; sarve — todas; diśaḥ daśa — as dez direções.

Como flechas disparadas aos quatro ventos, o corpo do demônio crescia a cada dia que passava. Alto e enegrecido, ele parecia uma co­lina chamuscada e era tão fúlgido como um resplandecente agrupa­mento de nuvens ao fim da tarde. O pelo do corpo do demônio e sua barba e bigode tinham a cor do cobre derretido, e seus olhos eram pe­netrantes como o sol do meio-dia. Ele parecia invencível, como se estivesse segurando os três mundos nas pontas do seu tridente em chamas. Dançando e gritando, ele fazia toda a superfície da Terra tremer, como se ela estivesse sendo abalada por um terremoto. À medida que bocejava repetidas vezes, parecia tentar engolir todo o céu com sua boca, que era tão profunda como uma caverna. Parecia estar lambendo todas as estrelas do céu com sua língua e comendo todo o universo com seus dentes longos e afiados. Vendo esse demônio gigantesco, todos, com grande medo, corriam de um lado para outro, em todas as direções.

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