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VERSO 7

varjayet pramadā-gāthām
agṛhastho bṛhad-vrataḥ
indriyāṇi pramāthīni
haranty api yater manaḥ

varjayet — tem que se afastar da; pramadā-gāthām — conversa com mulheres; agṛhasthaḥ — uma pessoa que não aceitou o gṛhastha-āśrama (um brahmacārī ou um sannyāsī); bṛhat-vrataḥ — observando rigidamente o voto de celibato; indriyāṇi — os sentidos; pramāthīni — quase sempre indomáveis; haranti — arrastam; api — mesmo; yateḥ — do sannyāsī; manaḥ — a mente.

O brahmacārī, ou alguém que não aceitou o gṛhastha-āśrama [vida familiar], tem que estritamente evitar falar com mulheres ou comentar a respeito delas, pois os sentidos são tão poderosos que podem agitar até mesmo a mente de um sannyāsī, alguém que está na ordem de vida renunciada.

SIGNIFICADO—Brahmacarya, em essência, significa o voto de não se casar e observar um celibato estrito (bṛhad-vrata). O brahmacārī e o sannyāsī devem evitar falar com mulheres ou ler literatura referente a conversas entre homem e mulher. O preceito que restringe a associação com mulheres é o princípio básico da vida espiritual. Associar-se ou conversar com mulheres jamais é algo aconselhado em algum dos textos védicos. Todo o sistema védico ensina a pessoa a evitar a vida sexual a fim de que ela possa aos poucos progredir de brahmacarya a gṛhastha, de gṛhastha a vānaprastha, e de vānaprastha a sannyāsa e, dessa maneira, abandonar o desfrute material, que é a causa da qual se origina o cativeiro neste mundo material. A palavra bṛhad-vrata se aplica a alguém que tomou a decisão de não se casar ou, em outras palavras, de não desfrutar de vida sexual em nenhum momento de toda a sua vida.

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