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VERSO 28

ity etad ātmanaḥ svārthaṁ
santaṁ vismṛtya vai pumān
vicitrām asati dvaite
ghorām āpnoti saṁsṛtim

iti — dessa maneira; etat — uma pessoa materialmente condicionada; ātmanaḥ — do seu eu; sva-artham — interesse próprio; santam — existindo dentro dela mesma; vismṛtya — esquecendo; vai — na verdade; pumān — a entidade viva; vicitrām — falsas variedades atrativas; asati — no mundo material; dvaite — diferentes do eu; ghorām — muito perigosas (devido à contínua aceitação de nascimento e morte); āpnoti — a pessoa torna-se enredada; saṁsṛtim — na existência material.

Dessa maneira, a alma condicionada vivendo dentro do corpo se esquece de seu próprio interesse porque se identifica com o corpo. Porque o corpo é material, sua tendência natural é deixar-se atrair pelas muitas variedades encontradas no mundo material. Então, a entidade viva se submete aos sofrimentos da existência material.

SIGNIFICADO—Todos estão tentando ser felizes porque, como se explicou no verso anterior, sukham asyātmano rūpaṁ sarvehoparatis tanuḥ: quando está em sua forma espiritual original, a entidade viva é feliz por natureza. Para o ser espiritual, os sofrimentos estão fora de cogitação. Como Kṛṣṇa sempre é feliz, as entidades vivas, que são Suas partes integrantes, também são felizes por natureza, mas, devido ao fato de terem sido postas dentro deste mundo material e de terem se esquecido de sua eterna relação com Kṛṣṇa, elas não se lembram de sua verdadeira natureza. Porque todos nós somos partes de Kṛṣṇa, temos uma relação muito afetuosa com Ele; contudo, como nos esquecemos de nossa identidade e estamos considerando que o corpo é o eu, somos afligidos por todos os problemas manifestos na forma de nascimento, morte, velhice e doença. Essa concepção errônea, presente na vida materialista, continuará enquanto não entendermos a relação que existe entre nós e Kṛṣṇa. A felicidade que a alma condicionada está sempre procurando decerto é apenas ilusão, como explica o próximo verso.

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