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VERSO 42

nanv asya brāhmaṇā rājan
kṛṣṇasya jagad-ātmanaḥ
punantaḥ pāda-rajasā
tri-lokīṁ daivataṁ mahat

nanu — mas; asya — por Ele; brāhmaṇāḥ — os brāhmaṇas qualificados; rājan — ó rei; kṛṣṇasya — pelo Senhor Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus; jagat-ātmanaḥ — que é a vida e a alma de toda a criação; punantaḥ — santificando; pāda-rajasā — com a poeira de seus pés de lótus; tri-lokīm — os três mundos; daivatam — adoráveis; mahat — muito excelsos.

Meu querido rei Yudhiṣṭhira, os brāhmaṇas, especialmente aqueles ocupados em pregar as glórias do Senhor em todo o mundo, são reconhecidos e adorados pela Suprema Personalidade de Deus, que é o coração e a alma de toda a criação. Através da sua pregação, os brāhmaṇas, com a poeira dos seus pés de lótus, santificam os três mundos e, em razão disso, são adorados até mesmo por Kṛṣṇa.

SIGNIFICADOComo o Senhor Kṛṣṇa admite na Bhagavad-gītā (18.69): na ca tasmān manuṣyeṣu kaścin me priya-kṛttamaḥ. Os brāhmaṇas pregam pelo mundo inteiro o culto da consciência de Kṛṣṇa, e, portanto, embora adorem Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, o Senhor também os aceita como adoráveis. A relação é recíproca. Os brāhmaṇas querem adorar Kṛṣṇa, que, por Sua vez, quer adorar os brāhmaṇas. Portanto, a conclusão é que os brāhmaṇas e vaiṣṇavas que se ocupam em pregar as glórias do Senhor devem ser adorados pelos religiosos, pelos filósofos e pelas pessoas em geral. No Rājasūya-yajña de Mahārāja Yudhiṣṭhira, muitas centenas e milhares de brāhmaṇas estiveram presentes, mas Kṛṣṇa foi escolhido para ser adorado em primeiro lugar. Portanto, Kṛṣṇa sempre é a Pessoa Suprema, mas, por Sua misericórdia imotivada, Ele aceita os brāhmaṇas como as pessoas que Lhe são diletas.

Neste ponto, encerram-se os Significados Bhaktivedanta do sétimo canto, décimo quarto capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “A Vida Familiar Ideal”.

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