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VERSO 34

tvayā kṛtajñena vayaṁ mahī-pate
kathaṁ vinā syāma suhṛttamena te
tatrānuyānaṁ tava vīra pādayoḥ
śuśrūṣatīnāṁ diśa yatra yāsyasi

tvayā — ti; kṛtajñena — uma personalidade muito grata; vayam — nós; mahī-pate — ó rei; katham — como; vinā — sem; syāma — viveremos; suhṛt-tamena — nosso melhor amigo; te — de ti; tatra — até lá; anuyānam — o ato de seguir; tava — teus; vīra — ó herói; pādayoḥ — aos pés de lótus; śuśrūṣatīnām — daqueles ocupados no serviço; diśa — por favor, ordena; yatra — aonde; yāsyasi — irás.

Ó rei, ó herói, eras um esposo muito grato e o mais sincero amigo de todas nós. Como viveremos sem ti? Ó herói, para onde quer que estejas indo, por favor, mostra-nos o caminho até lá, para que possamos seguir teus passos e novamente nos ocupar a teu serviço. Permite que te acompanhemos!

SIGNIFICADO—Outrora, um rei kṣatriya, de um modo geral, tinha muitas esposas, e, após a morte do rei, especialmente se a morte ocorria no campo de batalha, todas as rainhas concordavam em aceitar saha-māraṇa, morrer com o esposo que era a vida delas. Quando Pāṇḍu Mahārāja, o pai dos Pāṇḍavas, morreu, suas duas esposas – a saber, a mãe de Yudhiṣṭhira, Bhīma e Arjuna, e a mãe de Nakula e Sahadeva – estavam prontas a morrer no fogo com seu esposo. Mais tarde, após elas chegarem a um acordo, Kuntī permaneceu viva para cuidar dos filhos pequenos, e a outra esposa, Mādrī, recebeu permissão de morrer com seu esposo. Esse sistema de saha-māraṇa continuou na Índia mesmo até a época do jugo britânico, mas acabou deixando de ser recomendado, pois a atitude das esposas gradualmente mudou com o avanço de Kali-yuga. Assim, o sistema de saha-māraṇa foi, a bem dizer, abolido. Entretanto, dentro dos últimos cinquenta anos, vi a esposa de um médico fazer questão de morrer logo após a morte de seu esposo. Tanto o esposo quanto a esposa foram levados em procissão em uma carruagem funerária. Esse amor intenso que uma esposa casta tem por seu esposo é um caso especial.

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