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VERSO 49

atha nityam anityaṁ vā
neha śocanti tad-vidaḥ
nānyathā śakyate kartuṁ
sva-bhāvaḥ śocatām iti

atha — portanto; nityam — a alma espiritual eterna; anityam — o corpo material temporário;  — ou; na — não; iha — neste mundo; śocanti — eles lamentam; tat-vidaḥ — aqueles que são avançados no conhecimento do corpo e da alma; na — não; anyathā — de outra maneira; śakyate — é capaz; kartum — de fazer; sva-bhāvaḥ — a natureza; śocatām — daqueles que têm tendência à lamentação; iti — assim.

Aqueles que têm pleno conhecimento da autorrealização, que sabem muito bem que a alma espiritual é eterna ao passo que o corpo é perecível, não se enchem de lamentação. Mas as pessoas que carecem de conhecimento da autorrealização certamente se lamentam. Portanto, é difícil educar alguém que está na ilusão.

SIGNIFICADO—De acordo com os filósofos mīmāṁsā, tudo é eterno, nitya, e, de acordo com os filósofos do sāṅkhya, tudo é mithyā, ou anitya – impermanente. Entretanto, sem o verdadeiro conhecimento do ātmā, a alma, esses filósofos ficam obrigatoriamente confusos e têm que continuar a se lamentar como śūdras. Portanto, Śrīla Śukadeva Gosvāmī disse a Parīkṣit Mahārāja:

śrotavyādīni rājendra
nṛṇāṁ santi sahasraśaḥ
apaśyatām ātma-tattvaṁ
gṛheṣu gṛha-medhinām

“Aquelas pessoas materialmente absortas, cegas ao conhecimento sobre a verdade última, ouvem muitos temas comentados na sociedade humana, ó imperador.” (Śrīmad-Bhāgavatam 2.1.2) As pessoas comuns, ocupadas em atividades materiais, querem compreender muitos e muitos assuntos, porque essas pessoas não entendem a autorrealização. Logo, todos devem ser instruídos em autorrealização para que, em quaisquer circunstâncias da vida, permaneçam estáveis em seus votos.

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