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VERSO 21

tatas ta āśiṣaḥ sarvā
dadāmy asura-puṅgava
martasya te hy amartasya
darśanaṁ nāphalaṁ mama

tataḥ — devido a isso; te — a ti; āśiṣaḥ — bênçãos; sarvāḥ — todas; dadāmi — darei; asura-puṅgava — ó melhor dos asuras; martasya — de alguém destinado a morrer; te — igual a ti; hi — na verdade; amartasya — de alguém que não morre; darśanam — o encontro; na — não; aphalam — sem resultados; mama — meu.

Por essa razão, ó melhor dos asuras, basta que manifestes o teu desejo e estarei preparado para outorgar todas as bênçãos a ti. Pertenço ao mundo celestial dos semideuses, que não morrem como os seres humanos. Portanto, embora estejas sujeito à morte, teu encontro comigo não será em vão.

SIGNIFICADO—Parece que os seres humanos e os asuras estão sujeitos à morte, ao passo que os semideuses não. Na hora da dissolução, os semideuses que residem com o senhor Brahmā em Satyaloka vão a Vaikuṇṭhaloka em suas atuais constituições corpóreas. Portanto, embora Hiraṇyakaśipu tivesse se submetido a severas austeridades, o senhor Brahmā predisse que ele tinha que morrer; ele não poderia tornar-se imortal, tampouco ganhar um status igual ao dos semideuses. As grandes austeridades e penitências que ele realizara durante tantos anos não podiam protegê-lo da morte. Isso foi prenunciado pelo senhor Brahmā.

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