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VERSO 18

śailā droṇībhir ākrīḍaṁ
sarvartuṣu guṇān drumāḥ
dadhāra loka-pālānām
eka eva pṛthag guṇān

śailāḥ — as colinas e montanhas; droṇībhiḥ — com os vales situados entre elas; ākrīḍam — locais aprazíveis para Hiraṇyakaśipu; sarva — todas; ṛtuṣu — nas estações do ano; guṇān — diferentes qualidades (frutas e flores); drumāḥ — as plantas e árvores; dadhāra — executava; loka-pālānām — dos outros semideuses encarregados de vários departamentos de atividade natural; ekaḥ — sozinho; eva — na verdade; pṛthak — diferentes; guṇān — qualidades

Os vales situados entre as montanhas se tornaram campos de prazer para Hiraṇyakaśipu, por cuja influência todas as árvores e plantas produziam frutas e flores profusamente em todas as estações. As qualidades através das quais ocorre o derramamento de água, o ressecamento e a queima, todas as quais pertencem aos três níveis departamentais do universo, a saber, Indra, Vāyu e Agni, eram todas dirigidas unicamente por Hiraṇyakaśipu, sem a assistência dos semideuses.

SIGNIFICADO—No começo do Śrīmad-Bhāgavatam, afirma-se que tejo-vāri-mṛdāṁ yathā vinimayaḥ: este mundo material é conduzido por fogo, água e terra, que se combinam e assumem formas. Aqui se menciona que os três modos da natureza (pṛthag guṇān) agem sob a direção de vários semideuses. Por exemplo, o rei Indra está encarregado de derramar água, o semideus Vāyu controla o ar e faz com que tudo seque, ao passo que o semideus que controla o fogo queima tudo. Hiraṇyakaśipu, porém, em virtude de sua austera realização de yoga místico, tornou-se tão poderoso que, sozinho, encarregava-se de tudo, sem precisar da assistência prestada pelos semideuses.

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