VERSOS 43-44
dig-gajair dandaśūkendrair
abhicārāvapātanaiḥ
māyābhiḥ sannirodhaiś ca
gara-dānair abhojanaiḥ
hima-vāyv-agni-salilaiḥ
parvatākramaṇair api
na śaśāka yadā hantum
apāpam asuraḥ sutam
cintāṁ dīrghatamāṁ prāptas
tat-kartuṁ nābhyapadyata
dik-gajaiḥ — por grandes elefantes treinados em esmagar qualquer coisa sob suas patas; danda-śūka-indraiḥ — pela mordida das serpentes venenosas do rei; abhicāra — por feitiços destrutivos; avapātanaiḥ — por jogar do topo de uma montanha; māyābhiḥ — por evocar truques; sannirodhaiḥ — pelo aprisionamento; ca — bem como; gara-dānaiḥ — por administrar veneno; abhojanaiḥ — fazendo passar fome; hima — pelo frio; vāyu — pelo vento; agni — pelo fogo; salilaiḥ — e pela água; parvata- ākramaṇaiḥ — por esmagar com grandes pedras e colinas; api — e também; na śaśāka — não foi capaz; yadā — quando; hantum — de matar; apāpam — que não era pecaminoso de modo algum; asuraḥ — o demônio (Hiraṇyakaśipu); sutam — seu filho; cintām — ansiedade, dīrgha-tamām — duradoura; prāptaḥ — obteve; tat-kartum — para fazer isso; na — não; abhyapadyata — atingiu.
Hiraṇyakaśipu não conseguiu matar seu filho atirando-o sob as patas de grandes elefantes, jogando-o entre enormes e pavorosas serpentes, empregando feitiços destrutivos, arremessando-o do topo de uma colina, evocando magias e encantamentos, administrando veneno, deixando-o passar fome, expondo-o ao frio, vento, fogo e água intensos ou lançando pesadas pedras para o esmagar. Ao verificar que era impossível ferir Prahlāda, o qual era inteiramente desprovido de pecados, Hiraṇyakaśipu se encheu de ansiedade querendo descobrir o que poderia fazer em seguida.