VERSOS 29-30
sopagūḍhā bhagavatā
kariṇā kariṇī yathā
itas tataḥ prasarpantī
viprakīrṇa-śiroruhā
ātmānaṁ mocayitvāṅga
surarṣabha-bhujāntarāt
prādravat sā pṛthu-śroṇī
māyā deva-vinirmitā
sā — a mulher; upagūḍhā — sendo capturada e abraçada; bhagavatā — pelo senhor Śiva; kariṇā — por um elefante; kariṇī — uma elefanta; yathā — como; itaḥ tataḥ — para lá e para cá; prasarpantī — contorcendo-Se como uma cobra; viprakīrṇa — desgrenhado; śiroruhā — todo o Seu cabelo; ātmānam — Ela mesma; mocayitvā — desvencilhando-Se; aṅga — ó rei; sura-ṛṣabha — do melhor dos semideuses (senhor Śiva); bhuja-antarāt — do aperto dos braços; prādravat — começou a correr bem depressa; sā — Ela; pṛthu-śroṇī — tendo os quadris muito grandes; māyā — potência interna; deva-vinirmitā — manifestada pela Suprema Personalidade de Deus.
Abraçada pelo senhor Śiva como uma elefanta abraçada por seu macho, a mulher, cujo cabelo estava em desalinho, contorceu-Se como uma cobra. Ó rei, essa mulher, que tinha os quadris grandes e elevados, era uma criação de yogamāyā, apresentada pela Suprema Personalidade de Deus. De alguma maneira, Ela consegiu desvencilhar-Se do afetuoso abraço do senhor Śiva e fugiu.