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VERSO 31

tasyāsau padavīṁ rudro
viṣṇor adbhuta-karmaṇaḥ
pratyapadyata kāmena
vairiṇeva vinirjitaḥ

tasya — daquele que é o Senhor Supremo; asau — senhor Śiva; pa­davīm — o rasto; rudraḥ — senhor Śiva; viṣṇoḥ — do Senhor Viṣṇu; adbhuta-karmaṇaḥ — daquele que age muito maravilhosamente; pratya­padyata — começou a seguir; kāmena — pelo desejo luxurioso; vairi­ṇā iva — como se fosse pelo inimigo; vinirjitaḥ — sendo fustigado.

Como se estivesse sendo fustigado por um inimigo na forma de desejos luxuriosos, o senhor Śiva perseguia o rasto do Senhor Viṣṇu, que age muito maravilhosamente e que assumira a forma de Mohinī.

SIGNIFICADO—O senhor Śiva não pode ser vitimado por māyā. Portanto, deve-se entender que o senhor Śiva estava sendo dominado pela potência in­terna do Senhor Viṣṇu. Através de Suas várias potências, o Senhor Viṣṇu pode realizar muitas atividades maravilhosas.

parāsya śaktir vividhaiva śrūyate
svābhāvikī jñāna-bala-kriyā ca

(Śvetāśvatara Upaniṣad 6.8)

O Senhor Supremo tem várias potências, através das quais Ele pode agir com muita eficácia. Para realizar algo que exija muita habilidade, Ele não precisa sequer dar-Se ao trabalho de analisar as cir­cunstâncias. Uma vez que o senhor Śiva estava sendo controlado pela mulher, deve-se compreender que isso não era feito por uma mulher, senão que era o próprio Senhor Viṣṇu quem o fazia.

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