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VERSO 2

śrī-bhagavān uvāca
vacas tavaitaj jana-deva sūnṛtaṁ
kulocitaṁ dharma-yutaṁ yaśas-karam
yasya pramāṇaṁ bhṛgavaḥ sāmparāye
pitāmahaḥ kula-vṛddhaḥ praśāntaḥ

śrī-bhagavān uvāca — a Suprema Personalidade de Deus disse; vacaḥ — palavras; tava — tuas; etat — esta espécie de; jana-deva — ó rei das pessoas; sū-nṛtam — muito verdadeiras; kula-ucitam — bem condizentes com a tua dinastia; dharma-yutam — completamente de acordo com os princípios religiosos; yaśaḥ-karam — propícias para espalhar a tua reputação; yasya — de quem; pramāṇam — a evidência; bhṛgavaḥ — os brāhmaṇas da dinastia Bhṛgu; sāmparāye — no próxi­mo mundo; pitāmahaḥ — teu avô; kula-vṛddhaḥ — o mais velho da fa­mília; praśāntaḥ — muito pacífico (Prahlāda Mahārāja).

A Suprema Personalidade de Deus disse: Na verdade, ó rei, és su­blime porque teus atuais conselheiros são brāhmaṇas descendentes de Bhṛgu e porque o instrutor de tua vida futura é teu avô, o pacífi­co e venerável Prahlāda Mahārāja. Tuas afirmações são a própria verdade, e elas concordam completamente com a etiqueta religiosa. Elas seguem a mesma linha de comportamento de tua família, e põem em relevo a tua reputação.

SIGNIFICADO—Prahlāda Mahārāja é um vívido exemplo de devoto puro. Alguém poderia questionar que, como Prahlāda Mahārāja, embora muito velho, estava apegado à sua família, e especificamente ao seu neto Bali Mahārāja, de que maneira ele poderia ser um exemplo ideal? Portanto, este verso usa a palavra praśāntaḥ. O devoto é sempre sóbrio. Ele nunca se deixa perturbar por circunstância alguma. Mesmo o devoto que permanece na vida de gṛhastha e não renuncia às posses materiais deve ser tido como praśānta, sóbrio, devido à sua devoção pura ao Senhor. Śrī Caitanya Mahāprabhu, por conseguinte, disse:

kibā vipra, kibā nyāsī, śūdra kene naya
yei kṛṣṇa-tattva-vettā, sei ‘guru’ haya

“Quer alguém seja brāhmaṇa, sannyāsī ou śūdra – não importa o que seja –, pode tornar-se mestre espiritual se conhece a ciência de Kṛṣṇa.” (Caitanya-caritāmṛta, Madhya 8.128) Independentemente da sua condi­ção de vida, todo aquele que conhece a fundo a ciência de Kṛṣṇa é um guru. Logo, em quaisquer circunstâncias, Prahlāda Mahārāja é um guru.

Aqui, Sua Onipotência Vāmanadeva também ensina aos san­nyāsīs e brahmacārīs que ninguém deve pedir mais do que o necessá­rio. Ele queria apenas três passos de terra, embora Bali Mahārāja estivesse disposto a dar-Lhe tudo o que Ele desejasse.

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