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VERSO 42

athaitat pūrṇam abhyātmaṁ
yac ca nety anṛtaṁ vacaḥ
sarvaṁ nety anṛtaṁ brūyāt
sa duṣkīrtiḥ śvasan mṛtaḥ

atha — portanto; etat — isto; pūrṇam — completamente; abhyāt­mam — provocando compaixão alheia, sempre se apresentando como indigente; yat — isto; ca — também; na — não; iti — assim; anṛtam — falsas; vacaḥ — palavras; sarvam — inteiramente; na — não; iti — assim; anṛtam — mentira; brūyāt — quem deve dizer; saḥ — tal pessoa; duṣkīrtiḥ — infame; śvasan — enquanto respira ou enquanto está viva; mṛtaḥ — está morta ou deve ser morta.

Portanto, a medida mais segura é dizer não. Embora isso seja uma mentira, protege a pessoa por completo, atrai para si a compaixão dos demais e tem plena facilidade de coletar para si mesma o dinheiro de outros. Entretanto, se alguém sempre alega não ter nada, torna-se um condenado, pois é um corpo morto mesmo enquanto vive, ou deve ser morto ainda enquanto respira.

SIGNIFICADO—Os pedintes sempre se apresentam como pessoas que nada possuem, e isso pode ser muito bom para eles porque, dessa maneira, nunca perdem o seu dinheiro e fica-lhes fácil coletar, pois sempre atraem a atenção e a compaixão dos outros. Mas isso também é condenável. Se alguém deliberadamente continua praticando essa mendicância profissional, deve ser tido como morto ainda que respire ou, de acordo com outra interpretação, semelhante enganador deve ser morto enquanto ainda respira. Em relação a isso, existe o seguinte preceito védico: athaitat pūrṇam abhyātmaṁ yan neti sa yat sarvaṁ neti brūyāt pāpikāsya kīrtir jāyate. sainaṁ tatraiva hanyāt. Se alguém insiste em se fazer passar por indigente e obtém dinheiro mendigando, deve ser morto. (sainaṁ tatraiva hanyāt).

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